APRISIONADO - DRARRY

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Agora a coisa vai começar a ficar tensa de verdade hein?!! Estou muito feliz com os votos e comentários de vocês. São maravilhosos! Amanhã volto com mais cinco capítulos ⚡

Senti algo macio abaixo de mim e me dei conta de que não estava mais no chão. Ainda sob os efeitos do sono eu me espreguicei sentindo um alívio percorrer meus ossos, bati minha mão em um corpo mas, mesmo assim, eu ainda me esparramei pelo colchão quase derrubando o ser ao meu lado. Abri os olhos e vi que Potter estava me olhando como se eu fosse a coisa mais interessante no mundo.

- O-oops.

- Oi.- ele abriu o sorriso mais belo que poderia ter o prazer de ver, e tirou o cabelo que caía nos meus olhos; não tinha ideia do tempo que estava sem cortá-lo, mas não gosto de ter um cabelo que dá até para amarrar. Só gosto do de um certo homem de olhos verdes.

- Você estava me olhando...dormir?- coçei os olhos para espantar os restos de sono que ainda sentia, e falei quase que com a boca fechada, não escovar os dentes é horrível.

- Talvez.- Potter fez menção de me beijar mas me afastei.- O que foi?- soou irritado.

De um segundo para o outro ele fechou a cara, sua mudança foi bem perceptível, suas mãos estavam de volta na minha cintura e a apertava me fazendo grunhir. Seus olhos, antes de um verde límpido, agora estavam de um verde escuro, quase beirando ao negro. Eu deveria me sentir um doente por gostar desse seu lado? Por que se sim, eu não me importo.

- Minha boca está podre.- brinquei tentando não deixá-lo muito irritado.

Potter revirou os olhos e seu "eu" bonzinho estava de volta, suas mãos abandonaram a minha cintura e seus olhos aos poucos voltaram à cor normal.

- Mas eu quero te beijar.- ele fez um biquinho que ficou extremamente fofo e engraçado. Neguei enquanto ria de sua cara.

- Não.- miei.

- Draay...- Potter mordeu meu queixo e jogou parte do peso de seu corpo sobre o meu, ele estava me prendendo para que pudesse pegar o que queria.- Isso é como negar comida para uma matilha de lobos famintos...- uma mordida foi deixado no meu pescoço.- É impossível.

- N-não é não.- resmunguei enquanto sentia seus dentes rasparem levemente a minha pele, enviando arrepios para a minha espinha.- A boca é minh-Ah!

Potter deu um chupão mais forte, o que me fez soltar um gemido e respirar mais alto. Ele riu com o rosto contra meu pescoço e antes que voltasse a me olhar deixou um beijo leve na minha jugular.

- A boca pode ser sua, mas você é meu, tudo em você pertence a mim, princesa.- ele me encarou sério.

Princesa? Olá, segundo Harry.

Olhei em seus olhos e me prendi em suas orbes, era como se aquilo fosse uma batalha, e nenhum de nós queria perder. Eu o olhava intensamente, quase pude ver a minha alma refletida naquela imensidão verde, que transmitia algo que não consegui decifrar. Comecei a sentir um desconforto, por algum motivo Potter me cansava, sugava todas as minhas forças me enfraquecendo, eu sabia que não estava lutando apenas contra um. Depois daquele acontecimento no corredor, tudo começou a fazer mais sentido, mas também me deixou mais assustado; saber que dentro de uma pessoa reside duas personalidades, e que uma tem conhecimento da outra, é insano; ter alguém como Potter é desesperador, mas é impossível largá-lo.

Naquele momento, olhando-o daquela forma, eu percebi que ele era como uma droga, a mais viciante existente.

E eu estou totalmente, e inexplicavelmente, viciado.

Uma pequena lágrima escorreu pela minha bochecha e se perdeu. Mesmo que eu tenha aceitado o que sinto por Potter, isso é perigoso. Mas mesmo que eu tente correr, algo sempre me leva de volta para seus braços; mesmo que seja para me machucar, eu me sinto como se cada segundo longe dele me corroesse; mesmo que suas palavras me humilhem, é como se sua voz fosse a melodia mais bela já criada.