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Filch estava caído no chão, grunhindo de dor, enquanto me olhava com raiva. Eu estava ofegante e tentava controlar o tremor das minhas mãos; eu tentei correr pelo outro corredor, passando por Filch e quase escorregando quando virei para tentar chegar até a saída.

Escutei passos altos atrás de mim e entrei em outro corredor. Eu tentei chegar até a saída mas vi outro homem parado na entrada, por sorte consegui virar a esquina indo até outro lado. Agora estava sendo perseguido por dois homens. Um era cheio de cicatrizes e o outro era careca. Nenhum deles era do bando de Potter.

Entrei no último corredor dos banheiros e quase chorei quando me deparei com a parede. Me encostei nela, e fechei os olhos respirando fundo. Eu estava sem saída e desarmado; os dois homens entraram e sorriram ao me ver encurralado.

Ao invés de apenas um me atacar, os dois correram até a minha direção. Fiquei parado enquanto via os homens com caretas grotescas rasgadas no rosto, e gritando com as mãos em punhos.

Quando eles estavam bem perto de me atacar eu me agachei e desesperamente engatinhei até o outro lado. Um deles gritou quando socou a parede.

- Me solta !- meu tornozelo foi agarrado e chutei o ar tentando me livrar do aperto que parecia triturar meus ossos.

Fui arrastado pelo chão sujo enquanto gritava tentando me segurar em qualquer coisa. Me agarraram pela gola da camisa e com um puxão fui jogado no chão novamente. Ofeguei com o impacto e cegamente tentei me arrastar.

Consegui gritar por ajuda quando minha camisa foi rasgada e eles tentavam arrancar a minha calça. Os filhos da puta iriam me estuprar ?

Berrei de dor quando o de cicatriz pisou no meu joelho tentando me deixar quieto, ouvi um barulho estranho e senti meus joelho ser pisado sem dó. Tentei me soltar, mas recebi um soco no lado esquerdo do meu rosto.

- Isso dói ?- ele ria enquanto esfregava seu pé no meu joelho causando mais dor.- Isso dói, vadia?

Ele agarrou no meu couro cabeludo e bateu a minha cabeça contra o chão e a esfregava nele. Seu parceiro apenas olhava enquanto me segurava para não escapar. Eu tentei usar as minhas mãos mas não conseguia me concentrar em nada, não quando minha cara estava sendo esfregada no meu próprio sangue.

Um chute acertou o queixo do que segurava meu tornozelo e com uma vantagem de milésimos de segundos eu corri o mais rápido que minha perna boa permitia; eu estava mancando o que dificultou a minha fuga e a minha cabeça rodava como um carrossel descontrolado. Eu não corri até a saída, escutei vozes vindo de lá e não queria me deparar com mais alguém tentando me matar.

Fui até a outro lado dos banheiros, onde a maioria estava quebrada, e puxei um cano solto que estava no chão. Apenas o com cicatrizes veio atrás de mim e ele sorria enquanto se aproximava. Ele que tinha pisado no meu joelho e machucado a minha cabeça.

Tentei levantar o cano até uma altura que pudesse bater no seu corpo mas ele foi mais rápido e desviou, com um chute ele quebrou um cano, que vazou água para todo lado como uma chuva, e me prensou contra a parede. Seu hálito fedia e grunhi enojado quando ele lambeu meu rosto, provando o meu sangue.

- Vamos nos divertir.- ele riu enquanto passava suas mãos pelo meu corpo. Eu tentei sair de seus toques mas ele era mais forte que eu.

Nesse momento eu já queria chorar, eu estava preso e não poderia sair, ele apertou meu pulso me fazendo soltar o cano que segurava me deixando de mãos vazias. Deixei meus braços caírem ao lado do meu corpo e parei de me debater. Eu não conseguiria.

O homem percebeu a minha desistência e parou de me segurar. Agora só sentia a sua boca no meu pescoço. Eu esperei por alguns segundos e juntei toda a minha força o empurrando.

APRISIONADO - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora