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- Então o Potter quer você no bando dele?- Viktor disse pensativo.- Não é uma ideia tão ruim. 

- Não é?!- Cedric parecia indignado.- Você perdeu a cabeça? 

- Eu sei o que é bom pra mim!- interrompi. 

Na verdade eu não sei mais de nada, mas ter que viver com alguém decidindo o que é bom pra mim não é agradável.

- Ric, pensa direito. Eles comem melhor que todos nós, eles tem um andar só para eles enquanto os outros dormem como cachorros, e você sabe que tivemos sorte de ter um quarto só para nós! 

- Mas eles são ruins, muito ruins.- Cedric parecia uma criança falando da professora malvada. Coloquei a mão em seu ombro e o confortei. 

- Eu não tenho escolha, Cedric. A morte do Dino teve uma parcela de culpa minha, e segundo o Harry, eu tenho que pagar. 

Cedric arregalou os olhos quando disse o nome do Harry e quase bateu na minha cara quando tapou a minha boca.

- Ele odeia quando o chamam de Harry, é só Potter. 

- Unf.- minha voz saiu abafada pela sua mão e ele a tirou murmurando desculpas.- Okay. 

- Vamos para o refeitório, tá legal? Vamos ver o que está acontecendo. 

Mesmo o remédio tendo aliviado a minha dor eu ainda não conseguia colocá-lo no chão, então Cedric e Viktor me ajudaram a descer as escadas.

Quando entrei tudo ficou silencioso, todos olhavam para mim e abaixavam a cabeça.

- Parece que as coisas se espalharam mais rápido do que imaginava- ouvi Viktor resmungar. sentamos em uma mesa que estava vazia e Cedric foi buscar a comida me deixando a sós com Viktor.

- Draco?- olho para ele esperando que falasse.- Não arranje problemas para nós, por favor. 

Acenei minimamente e vi Cedric chegar com uma bandeja maior que o normal. Ele estava com os olhos arregalados quando chegou na nossa mesa.

- Carne!- Viktor exclamou.- Por quê? 

- Draco.- essa foi toda a explicação que ele deu. 

Me senti um pouco melhor após ver os dois se deliciarem com a comida, foi como se um peso tivesse saido das minhas costas. Comi pouco, mesmo sabendo que precisava comer mais.

- Droga!- Viktor olhou para a saída e acompanhei seu olhar.- Alguém não alimentou o tubarão direito. 

- Rony!- ofeguei quando o vi entrar. 

Ele estava todo marcado, sua pele que antes era leitosa e limpa, agora estava cheia de hematomas esverdeados, alguns roxos e outros quase negros. Ele estava com uma camisa de mangas rasgadas mostrando suas marcas.

Blásio queria que todos vissem

Braços, ombros, mão; nada foi poupado. O pior estava seu pescoço, uma marca arredondada cobria um lado do seu pescoço se destacando mais que as outras.

Dentes. Ele foi mordido. Marcado.

"Quando voltarmos para o quarto eu vou te deixar cheio de marcas..."

"...As pessoas estão esquecendo à quem você pertence..."

O único lugar em que não vi marcas foi seu rosto, ele ainda tinha seu rosto inocente e angelical.

Blásio tinha seu braço ao redor dos ombros dele e vi que o ruivo estava andando com uma certa dificuldade. Quando eles passaram do nosso lado Rony me olhou, ele parecia triste.

APRISIONADO - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora