Bad decisions

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"Seu amor está fora do meu alcance"

» Isabelle

Eu me sentia meio grogue por ter meu sangue sugado, mas aquela sensação era incrivelmente boa. Eu sei que fui fraca em sair do instituto e logo vir a procura de mais veneno. Eu até tinha conseguido relaxar quando o Jace estava comigo, dormi por algumas horas. Mas quando eu acordei a dor era pior ainda, parecia que ia me rasgar por dentro, para piorar o Jace não estava mais lá, eu nem sequer pensei em procurá-lo e sim em ir atrás da única coisa que poderia me aliviar: veneno. Passei o dia inteiro na agonia da abstinência e agora finalmente conseguia ter um alívio. Mas então senti as presas saírem do meu pescoço, olhei para Eloise confusa por ela ter parado, estávamos naquela boate de sempre só que sentadas numa das mesas mais isoladas que havia lá.

- Por que parou? - Eu pergunto.

- Você pode acabar perdendo muito sangue. - Ela diz passando a língua pelos lábios tirando os vestígios de sangue que ainda estavam ali.

- Não é como se eu não tivesse uma runa para isso. - Eu digo e eu realmente tinha uma runa para reposição de sangue. - Continua.

- Tem certeza? - Ela pergunta.

Até estranho aquele receio dela, com certeza foi o maior diálogo que tivemos desde que nos conhecemos, eu devia estar mesmo muito mal para ela estar receosa dessa forma.

- Tenho. - Eu digo.

- Você não parece bem. - Ela diz olhando para mim de cima a baixo.

- E isso importa? - Eu pergunto.

Tudo que eu queria era a mordida, não questionamentos sobre como eu estava.

- Por que não apareceu esses dias? - Ela pergunta.

- Tive problemas. Se não quer continuar, eu posso muito bem procurar outro vampiro. - Eu digo fazendo menção de me levantar.

- Espera, esquentadinha. - Ela diz me impedindo. - Não é só você que está viciada. Sangue de shadowhunter pode deixar vampiros viciados também.

- E você está mesmo viciada? - Eu pergunto olhando para ela.

- Estou a um passo. Se for para continuar te mordendo, eu tenho que ter certeza que vou ter sempre o seu sangue.

- Acha que eu vou me tornar seu lanche diário? - Eu pergunto num tom irônico.

- Não seria má ideia. - Ela diz num tom malicioso. - Eu sempre achei você uma gracinha.

Eu suspiro frustada, tudo que eu queria era a maldita da mordida mas ela insistia em conversar. Me comprometer daquela forma também, dando a entender que ela podia me morder quando bem quisesse, seria péssimo. Por isso resolvi não a responder, me aproximei mais dela sabendo que seria mais difícil dela recusar o que eu queria com a minha proximidade. Tombei um pouco minha cabeça para o lado, deixando meu pescoço exposto, a minha pele ainda marcada pela mordida que ela deu a segundos atrás, tinha certeza que também escorria um pouco de sangue ali deixando mais irresistível para ela. E como eu imaginei, bastou alguns segundos para ela aproximar novamente a boca do meu pescoço, senti ela lamber o sangue que escorria ali me excitando um pouco, logo após sentindo novamente suas presas se afundarem na minha pele.

Eu não sabia quanto tempo tinha passado, sabia que eu tinha perdido muito sangue, eu me sentia mais grogue ainda, mas a sensação que eu mais sentia era a satisfação. Parecia que eu estava nas nuvens por causa da mordida, meu corpo estava leve, ao mesmo tempo que eu me sentia excitada eu também me sentia relaxada. Mas então novamente sinto as presas saírem do meu pescoço, escuto uma voz perto de mim me fazendo pensar se eu não estava delirando. Sinto uma mão envolver meu braço e me puxar me fazendo levantar, abro meus olhos os forçando a ficarem abertos reconhecendo quem me puxava.

Love Lockdown - Isabelle e JaceOnde histórias criam vida. Descubra agora