"Para onde tu fores, eu irei...”
» Jace
Agora eu entendia completamente tudo que Isabelle passou quando eu estava no navio do Valentine. Talvez tivesse sido até mais fácil, já que na época nossa relação era apenas de parabatais. O desespero tomava conta de mim conforme as horas passavam. Como Isabelle podia simplesmente ter sumido do nada? Pensei até mesmo que ela poderia ter voltado a procurar o veneno de vampiro. Mas se fosse o caso, eu provavelmente teria sentido a mordida. E agora eu não sentia nada pela ligação. Não tinha nenhum sentimento, nenhuma sensação, nada.
Depois que saímos daquela boate e voltamos para o instituto, começamos a pensar que aquilo poderia ter algo a ver com o demônio que estava possuindo mundanos. Mas o que aquele demônio poderia querer com a Izzy? Tentamos rastrea-la da forma convencional, com o rastreamento usando algum objeto que pertence a ela e não deu certo. Era como se ela tivesse ativado a runa anti-rastreio. Mas por que ela faria isso? Como ela poderia simplesmente ter sumido sem dizer nada com ninguém?
A última vez que falei com ela naquela boate, ela aparentava estar bem, apesar da abstinência. Se ela tivesse pretensão de desaparecer, eu acho que teria percebido. O que me faz supor que alguém possa ter a sequestrado. Mas quem poderia fazer isso? O demônio que possuía os mundanos, talvez. Mas isso me fazia voltar ao questionamento de o que aquele demônio poderia querer com ela. Parecia que a cada mais coisa que eu pensava, mais ficava confuso.
E eu simplesmente não sabia o que fazer diante de tudo aquilo. A procuramos por todos os cantos que ela poderia estar, perguntamos a diversas pessoas, mesmo assim não tivemos resposta. Passei um bom tempo junto com Clary e com Alec na central a procura de qualquer pista. Até que o Alec saiu para tentar pedir a Magnus que rastreasse a Izzy, já que o rastreamento de feiticeiro era mais forte. E como já tinha ficado bem tarde, Clary foi dormir e me sugeriu que eu fizesse o mesmo. Até tentei dormir na esperança de que quando acordasse eu poderia encontrá-la. Mas nem sequer consegui pregar os olhos direito. Voltei para a central e passei o resto da noite olhando os painéis e revisando todos os vídeos das possessões demoníacas na esperança de encontrar algo. Cheguei até a procurar nas câmeras de rua que o instituto tem acesso, mas foi a mesma coisa que nada. Eu estava num completo desespero, sem conseguir ter nenhuma notícia da Izzy.
O dia já tinha nascido mas eu continuava na central, pesquisando qualquer coisa na esperança de achar algo que me levasse a ela. E continuaria fazendo isso, até que Alec se aproximou de mim.
- Alguma novidade? - Ele pergunta.
- Não. Nenhuma. - Eu digo.
- Tem que ter algo que deixamos passar... A Izzy não pode simplesmente ter sumido do nada. - Ele diz.
Eu pensava da mesma forma que ele, mas não conseguia achar nada que tivéssemos deixado passar. Era difícil de acreditar, mas a Izzy tinha simplesmente sumido.
- Conseguiu algo com o Magnus? - Eu pergunto.
- Ele tentou rastrear ela diversas vezes, mas ele teve o mesmo resultado que a gente. - Alec diz.
Ao ouvir aquilo, uma ideia me surge na cabeça. Eu não devia fazer o que estava pensando, mas eu estava desesperado.
- E se eu conseguisse rastrea-la usando a ligação parabatai? - Eu pergunto.
- Ficou louco, Jace? Isso vai enfraquecer a ligação, vai enfraquecer vocês dois.
- Mas não temos outra opção! Se nem o Magnus conseguiu rastrear ela, a única coisa capaz de rastrear é a ligação.
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Love Lockdown - Isabelle e Jace
RomansaUma união entre dois parabatais é considerado algo forte, como um fio que liga duas almas. E o único laço proibido entre eles é o amoroso. Isabelle e Jace sabiam muito bem disso quando decidiram se tornar parabatais, mas o tempo passa, as coisas mud...