Maravilha! Por onde eu começo?
Não muitos depois Canva as coisas já haviam mudado muito, muitas coisas aconteceram.
A melhor delas foi que eu pude ver o Phil.
Ele estava bem... E quando digo quero dizer estável, ele era uma criança que graças a mim carregava uma grande responsabilidade, e cá entre nós o peso de ser bem experto.
— Aysha! — Phil gritou antes de me abraçar.
Naquele dia conversamos muito, e Phil estava apavorado mas ainda assim ele não falou em nenhum momento em desistir, na verdade ele estava me motivando já que eu tinha acabado de sair do Canva.
Eu não consegui contar todas aquelas atrocidades pra ele, mas ele entendeu que não foi algo muito bom, ele não via hora de rever todo mundo, eu deixei claro pra ele que não sabia quando isso iria acontecer mas que era pra ele não ter medo por que ia ver todos novamente.
—Eu prometo, Phil. — Eu disse passando as mãos pelos cabelos castanhos e macios do Phil.
— Você não tem medo deles, Aysha? — Phil me perguntou olhando pros superiores que nos olhavam fora da sala que tinha uma enorme janela de vidro. Dentro da sala só estavam Dylan e Gallard, o que deixava Phil com medo.
— Sabe que não, nem todos os demônios são maus, Phil. — Quando eu disse isso ele arregalou os olhos. — Você lembra da historia do menino duas vistas.
— Acho que não. — Phil disse balançando a cabeça.
— Tudo bem, você era muito pequeno. Um homem... é... Me deixa pensar um nome, o nome dele era Thomas, ele passeava normalmente pelo parque a caminho do seu trabalho, e ele viu um menino... o nome do menino era... Henry, e ele estava batendo em um outro menino, então o Thomas chamou a polícia e o garoto foi levado, Thomas tinha esse ponto de vista, na visão dele ele estava ajudando alguém, entretanto o menino que foi preso tinha outro ponto de vista... — Aysha pausou e olhou pra trás vendo Dylan e Gallard também atentos a história.
— Thomas não sabia como Henry era todos os dias maltratado pelo garoto que ele havia agredido, ele não aguentava mais ser todos os dias humilhado, e no ponto de vista do Thomas não era possível ele ver o que antecedia a briga, e a culpa não era do Thomas, mas Henry não merecia ser preso.
— Então quem era o culpado? — Phil perguntou confuso.
— Talvez não houvesse um, no ponto de vista de si mesmo eles estavam certos, isso não significa que não existem pessoas ou demônios maus, mas na maioria são pontos de vista diferentes.
— Acho que estou entendendo, então existem demônios bons? — Phil perguntou com um olhar puro e inocente.
— Também existem pessoas más não é? Com os demônios é o mesmo, existem os bons e os ruins. — Eu expliquei e me levantei.
Eu fui até o Gallard que estava no fundo da sala ao lado do Dylan, e o puxei até perto do Phil. Ele veio todo desconcertado e tímido.
— Te apresento o primeiro demônio bom e gentil, Phil. Esse é o Gallard ele é a prova que demônios não são todos cruéis, na verdade ele é o demônio ou a pessoa mais gentil que eu já vi. — Só pede pro Normando.
O Gallard foi meio tímido até o Phil e começou a conversar com ele daquela forma gentil que só ele tem, no começo o Phil estava com medo mais depois o Gallard conseguiu até tirar risada dele.
— Viu, Phil? Ainda acha todos os demônios maus? — Eu perguntei e ele negou rapidamente com um sorriso.
— O Sr.Gallard é incrível, me perdoe por pensar que o senhor era mal. — Phil pediu desculpas se curvando.
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The Promesed Nerveland: Human
Fanfiction|•Aysha era uma menina cega que vivia no orfanato Grace Field House, juntos de seus trinta e oito irmãos e sua Mama Isabella. Norman, Emma e Ray são um deles, juntamente com ela eram os mais velhos da casa, em uma noite Aysha, Emma e Norman vão até...