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— Hum, agora sim. — falou Aysha e sentou na cama de frente para Norman e Ray.

— Agora sim, o quê, Aysha? — Ray olhou para Norman e tentou falar em um tom mais descontraído — Do que está falando? Norman, o que deu em você?

Aysha fez um barulho com nariz, sabe quando você que prender a risada, foi esse barulho.

— Hahaha!

— O que é tão engraçado? — perguntou Ray.

— Ah, é muito engraçado. O engraçado é que você muito experto, Ray. Mas o mal do experto é achar que todos são burros. — Aysha tomou uma feição séria — O Norman preparou uma cilada para três pessoas, espertinho.

— Eu disse para o Don que a corda estava na minha cama e pra Gilda no banheiro. Foi o que eu falei para você. Mas na verdade eu disse para o Don que a corda estava no refeitório.

— E olha só que legal! — disse Aysha com um sorriso sarcástico, estendendo o braço para cima, mostrando o saco com as cordas.

Indo em direção ao refeitório, Aysha se agachou e começou a tatear até sentir algo, a corda estava lá.

Esse foi um dos momentos da vida que ela não sabia o que sentir.

Alívio por não ser o Don, tristeza por ser o Ray ou raiva dele por ser o traídor?Raiva do Norman que ia ter que contar a verdade para o Don e para Gilda sobre Conny e as outras crianças.

Entretanto de uma coisa ela sabia, mais das benditas perguntas rodavam sua mente. Mas isso não ia ser problema por muito tempo, por que Ray ia responder cada uma delas, por bem ou por mal.

— Vai, Ray. Começa a falar, antes que eu use essas cordas para enforcar você.

Aysha sentiu Ray se jogando na cama e estranhamente ele começou a rir.

E mais uma vez uma fúria dentro de Aysha estava se mostrando, ela jogou a corda longe, por que se continuasse com as cordas em mãos com ele do seu lado, não sabia o que era capaz de fazer.

— Poxa! Eu achei que estava me saindo tão bem. — Ray disse se sentando — É isso, eu sou o espião da mama.

— Salafrário! — Aysha disse entre os dentes.

— Quando começaram a suspeitar de mim?

— Quando contamos a verdade para você. Óbvio que o Norman não desconfiava de nada, ele só começou a colocar verdadeiramente por o ponto no "i" quando eu falei com ele.

— Você, Aysha? — disse Ray com ar de espanto.

— Não me subestime, Ray. Querendo ou não, eu fui muito bem ensinada e obrigada, senão tivesse me subestimado eu não teria descoberto. — Aysha se sentou na cama e continuo a falar.

— Primeiro, quando nos contamos para você, seu coração não disparou, você acreditou muito rápido, não pediu mais informações e você não expressou nenhuma forma de surpresa, okay, você é o Ray, mas não deixa de ter um corpo que te faz fazer todas essas coisas involuntariamente.

— Você fazia perguntas que você mesmo dava a resposta. Como se realmente já soubesse e cá entre nós, o espião tinha que ser alguém que estivesse no nosso meio e tudo apontava para você, Norman tem um intelecto de ouro, mas ele é muito molenga para essas coisas.

— Eu queria muito que não fosse verdade, era a pior hipótese possível. — disse Norman.

— Mas, Ray. Você virou o espião para acabar com o plano? — perguntou Asyha.

The Promesed Nerveland: HumanOnde histórias criam vida. Descubra agora