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— Então? Alguém pegou as cordas? Sabe, algum traidor? — Emma perguntou hesitante.

Emma, Norman, Aysha e Ray estavam no seu lugar normal de encontro na floresta.

— Ah sim, o Ray é o traidor. — Aysha falou sem delongas.

— O que? Ah como assim? — Emma estava totalmente... pasma e confusa. Não sabia muito o que sentir além da surpresa e o fato de não estar entendendo nada.

— É isso mesmo eu sou o traidor. — confirmou Ray.

— Aysha, você não disse que ia contar? — Norman perguntou com certa indignação.

— Uai, eu contei, agora você explica. — Aysha disse simplista.

— Então você é o traidor, mas não é nosso inimigo? Fez isso pra nós proteger

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— Então você é o traidor, mas não é nosso inimigo? Fez isso pra nós proteger.

"Vai nessa, boba. Pode até não ser um inimigo, mas está se comportando como um." — Pensou Aysha.

— Eu ia contar tudo para vocês quando voltassem do portão, mas aí vocês deixaram o coelhinho da Conny e vieram com essa história de fugir com todos, várias coisas aconteceram. A mama descobriu e eu tive que controlar a coisa toda. — Ray dizia dramatizando a situação.

Aysha queria mais que tudo ver a feição dele naquele momento. Em seus pensamentos ela só conseguia gritar " Salafrário... Salafrário...".

Quando seus pensamentos não variavam para o fato dele ter salvo sua vida todos esses anos. Mas repentinamente voltava para o " Salafrário... Salafrário..."

— Então você estava basicamente encobrindo nossos erros. — Emma concluiu. — Mas você ainda é contra a idéia de fugir com todos não é?

— Não, agora a situação mudou, vou ajudá-los a fugir com todos.

Emma ficou surpresa, Aysha não estava sabendo indentificar o que a ruiva ao seu lado estava sentindo de fato.

— Não acha que ele está mentindo, Emma? — Aysha perguntou de forma atrevida, levando um discreto cutuco de Norman.

— Não, eu estou feliz. — Emma disse eufórica, o que deixou Aysha cabisbaixa.

Emma era tão boa, tão eufórica, tão leal, tão trouxa. Era isso que se passava pela mente de Aysha, como Emma podia confiar nas pessoas tão rápido, como era fácil para ela perdoar as pessoas de forma instantânea.

De repente Emma saiu de toda aquela euforia, para uma feição reflexiva.

— Mas... Deve ter sido difícil para você, Ray. Passar por todos esses anos sem poder dizer nada... Saber o que estava acontecendo, e não poder dizer nada... Foram tantas crianças... — Emma disse se aproximando de Ray. — Mas, Ray... aquelas crianças que você testou o rastreador... Não fez com que elas fossem enviadas mais cedo né?...

The Promesed Nerveland: HumanOnde histórias criam vida. Descubra agora