Meu Chefe E Eu

Capítulo 14

"Sei que você quer tanto quanto eu"!

Minha mente está muito confusa, desde aquela manhã desastrosa de segunda-feira em que esse homem entrou na minha vida, parece que ela virou do avesso, mas o pior é saber que eu sou o lado fraco da história, e muito provavelmente sou eu quem vai acabar machucada.

Collins não é o tipo de homem por quem eu deva me apaixonar, sua atracção sexual por mim está nítida, mas sendo honesta comigo mesma, sei que não vai passar disso, mas por outro lado, não sei se eu sou capaz de me envolver sexualmente apenas! A cada dia sinto que meu coração está se envolvendo mais e mais nessa história e isso não pode acontecer.

E além de tudo, ele é meu chefe, o homem que grita no meu ouvido quando entende, que me encara com ódio sem que eu tenha feito absolutamente nada, que é extremamente arrogante e frio. O homem com o tom mais rígido que conheço. Minha maior dúvida é como eu acabei atraída por um homem assim?! Com tantos homens simples para eu me envolver, por que logo o Collins?!

O silêncio reina durante o curto caminho até o quarto de hotel em que ficaremos.

— Então, o que acha? — Collins pergunta se referindo ao quarto.

— É legal — digo sem dar muita importância.

— Só legal? — pergunta me olhando indignado, porém, o ignoro e caminho lentamente admirando o lugar.

Quando penso que ele desistiu de me atormentar, me engano, pois, meu chefe enche meus ouvidos e só para quando finalmente admito que a suíte não é só legal, e sim espetacular. Quem diria que o arrogante e frio Adrian Collins consegue parecer uma criança birrenta.

Poucos minutos depois nossas malas são entregues e agradeço indo em direcção ao banheiro onde tomo um banho relaxante e substituo as roupas que usei na viagem por peças mais confortáveis. Quando termino, sem falar nada, Collins segue pelo mesmo caminho, indo ao banheiro e minutos depois regressa vestindo, igualmente, algo mais confortável.

•••

— Vou descer para comer algo, vem comigo? — pergunta como se não se importasse com minha resposta, porém, sei que meu querido chefe está perguntando apenas por "educação", que não, não é uma das opções de resposta, mas decido fazer uma das coisas que mais tenho gostado nos últimos dias, contrariá-lo.

— Estou sem fome — na mesma hora vejo seus olhos me fuzilarem e sem conseguir esconder, sorrio vitoriosa. Ele é muito previsível.

— Então você me faz companhia — ordena com a voz dura e assinto, afinal eu preciso me alimentar, só disse que não para provocá-lo.

Seguimos para o restaurante do hotel. Collins parece conhecido, várias pessoas o cumprimentam sorridentes, principalmente as mulheres, que se derretem mesmo ele ostentando uma expressão séria e não fazer mais que dar um leve aceno.

Collins escolhe seu prato, e o meu, me fazendo reclamar, porém, sou completamente ignorada com toda arrogância e descaramento possível. Reviro os olhos com sua atitude e não digo nenhuma palavra durante todo o jantar, apenas rezo para que essa viagem tenha logo um fim e eu possa voltar para minha casa. Já não é fácil aguentar esse homem por algumas horas do dia, passar dias inteiros do seu lado será um castigo.

Quando terminamos tento dividir a conta com o senhor arrogante, porém, como previa, ele recusa-se e o ignoro voltando para o quarto o deixando para trás. Ele parecia estar mais suportável mas voltou a ser o Collins de sempre! Homem bipolar.

Me jogo na enorme cama e mergulho em meus pensamentos me desligando completamente do mundo real, até sentir uma mão percorrer minha coxa, é ele. O encaro tentando não esboçar nenhuma reacção, mas fracasso quando ele leva sua mão mais para cima.

— O que você quer? — pergunto mesmo sabendo muito bem a resposta. Ele sorri de lado e sussurra no meu ouvido "eu quero você", e é o bastante para que eu me entregue.

Collins comanda a situação com mestria, suas mãos grandes e quentes percorrem cada centímetro do meu corpo. Com os olhos fechados lembro da nossa primeira e única vez juntos e desejo loucamente repetir, e como se ele lesse meus pensamentos, Collins livra-se de todas as peças que cobrem meu corpo e após me torturar e fazer implorá-lo para me preencher, finalmente sinto nossos corpos encaixados. A sensação é ainda melhor que da última vez. Seus movimentos rápidos me fazem desejar que ele não se separe de mim nunca, porém, isso acontece quando atingimos o ápice e caímos exaustos e suados, mas não saciados, pois mais uma, duas, e várias outras vezes ele me preenche e me faz transbordar como nunca, e no final dormimos satisfeitos, sem dizer nenhuma palavra, porém, com nossos corpos dizendo tudo o que nossas bocas não são capazes.

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O novo dia começa cedo, é o dia da reunião, que no final é um sucesso. Collins tem um talento impressionante. Mesmo sem deixar de lado seu tom arrogante, seu olhar frio ou sua expressão séria, meu chefe domina a arte da persuasão, e não só com os negócios, pois não só os empresários são persuadidos, depois da reunião, é minha vez de cair em seus braços e passar o resto do dia em sua cama.

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Mais um dia e não é diferente, quando damos por nós, quase nos atrasamos e perdemos o voo. Nunca antes me imaginei numa situação do género, muito menos com Adrian Collins, que durante o voo me surpreende ao me puxar para seu ombro, me fazendo relaxar. Algo que eu não esperava.

Pois é, Adrian Collins é um homem cheio de surpresas.