Capítulo 26

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— Tem certeza que não quer ir comigo? — pergunta Anne, mas mais uma vez nego e ela finalmente desiste.

— Ok. Tchau, estou indo — assinto e ela sai.

Passou uma semana desde o pequeno "show" da Celine. No dia seguinte Richard apareceu na empresa e ele e Adrian ficaram trancados por cerca de dez minutos, dava para ouvir seus gritos até do andar de baixo (exagero)!

Depois disso, Adrian tentava disfarçar, mas era nítido que ele não estava muito bem, com certeza seu pai ameaçou novamente tirar a empresa. Porém, ele não quis falar sobre o assunto.

É noite de sábado, Adrian me chamou para passar o final de semana no seu apartamento, mas não aceitei, não para fazer jogo duro ou por estar furiosa por ele não querer conversar comigo sobre seu pai.

Mas porque preciso de um tempo, para pensar. Se isso tudo vale a pena, se vale a pena arriscar aquilo que ele tanto ama por isso que temos, que na verdade não é nada. Porque não somos namorados, ou algo parecido, somos simples ficantes.

Bom, se ele decidir perder a empresa, eu respeito, mas não quero me sentir culpada participando disso.

Minha mente está confusa. E por agora, prefiro espantar esses pensamentos.

Estou vestindo uma calça larga, meias grandes e um grande moletom cinza, com meu café sobre a mesa e o livro na mão. Suspiro e abro a página seguinte.

O livro conta a história de uma jovem rica, sua mãe morreu, mas para que ela tenha acesso à herança ela terá que se casar em um ano, porém, ela não tem nem um namorado. Ela conhece um rapaz simples, mas sua tia e prima não facilitam nada para os dois. Ainda não cheguei ao final, então não sei se eles se casam, ou ela perde a herança.

Quando termino um capítulo ouço alguém batendo na porta, suspiro. Não consigo imaginar quem seja. O único que me passa pela cabeça e o único que eu quero ver é Adrian Collins.

Me enganei.

Quase caio para trás ao ver o homem que está parado na porta da minha casa.

"O que ele quer aqui?" É o único que consigo pensar. — Richard Collins? — digo com a voz baixa, ele me olha de cima para baixo como se me avaliasse.

— Não vai me convidar para entrar? — sinceramente não sei o que seria o certo, deixá-lo na porta ou convidá-lo para minha casa.

Mas sabendo que sua vinda até aqui com certeza não é por bons motivos opto pela primeira opção.

— Não — digo com a voz insegura, ele sorri.

— Ok, o que tenho para dizer pode ser dito aqui mesmo — levanto uma sobrancelha o mandando prosseguir — Você gosta do Adrian? — pergunta, mas não o respondo e ele continua.

— Se você gosta dele, se afaste e o convença a se casar com Celine — o olho incrédula, que tipo de pai é esse? Que tipo de pessoa?

— Eu não posso obrigá-lo a se casar — digo com o tom seco e ele sorri com superioridade, tal como me olha.

— Mas pode deixá-lo!

— Nós não temos nada.

— Então pare de ir para a cama dele. Afaste-se suspiro. Um silêncio se instala. Apenas nos olhamos. Se fosse um filme animado com certeza seriam adicionadas faíscas sendo soltas por nossos olhos. — Porquê você faz isso? Ele é seu filho. Por que você odeia o Adrian? — pergunto com raiva do homem na minha frente.

— Não te interessa — rosna — Agora, faça isso, tem dois dias. Os documentos estão prontos, se você continuar com o Adrian em dois dias quem estará na presidência da empresa sou eu e pode acreditar que a senhorita também perderá seu emprego — se eu tivesse uma arma agora com certeza esse homem não estaria mais vivo. Deus que me perdoe. Para não fazer ou falar uma besteira fecho a porta na cara dele. Com muita força.

Meu Chefe E EuOnde histórias criam vida. Descubra agora