Último Capítulo

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Capítulo 33

Adrian ainda está abalado com as descobertas que aconteceram nos últimos dias. E mais uma vez tenho certeza que o amo, pois, estou fazendo tudo para ajudá-lo a passar por isso sem se sentir mal. Sinto a necessidade de fazê-lo bem, mesmo ele dizendo que só a minha presença muda tudo, quero mais que isso, quero vê-lo sorrir, me provocar, se achar melhor que tudo e todos, rir da minha cara e falar com aquele tom inabalável que virou algo que eu preciso ouvir todos os dias para me sentir bem.

Mesmo preferindo fingir que não, sei que Adrian está atordoado, quem não estaria. Descobrir que seu pai não é seu pai. Ainda mais sabendo que ele sofreu sua vida toda procurando entender o porquê do homem que devia amá-lo o odiar tanto. E agora, descobre que simplesmente, ele não é seu pai.

O pior é que Lilian viu o sofrimento do filho e nada fez, mesmo podendo. Não culpo Adrian por sua mágoa.

Mas sei, ou quero acreditar, que ele irá perdoá-la. Um dia, eles poderão voltar a conversar como uma família normal. Mas por enquanto, a ferida ainda está longe de sarar.

Agora, o único que eu quero, é fazê-lo feliz e me sentir feliz ao seu lado.

— Adrian.

Ele murmura em resposta enquanto me olha.

— Os últimos dias foram um pouco pesados, o que acha de um descanso? — sugiro — O aniversário do meu padrasto se aproxima, prometi à minha mãe que iria vê-los.

— Claro, você está certa.

— Eu quero que vá comigo — ele me olha e não consigo decifrar sua expressão.

— Nunca conheci os pais de nenhuma mulher com quem me envolvi — diz como se tentasse lembrar.

— Isso é um não? — pergunto meio decepcionada.

Levanto da cama e quando quero me afastar suas mãos me impedem. Olho para ele impaciente esperando que me largue ou diga o que tem para dizer.

— Quando vamos?

— Se você não quiser eu entendo, não quero pressionálo — faço uma pequena pausa pensando um pouco — Afinal, não temos nada sério — digo me lembrando desse detalhe e suspiro — Só queria que você se distraísse um pouco, aconteceram várias coisas nos últimos dias, e...

— Eu sei, eu quero ir com você. Só não sei se sua mãe vai gostar de me ver, ou seu padrasto, talvez eles achem que sou um intruso.

— Ela que me convenceu a te chamar — confesso.

— Devo me preocupar? — pergunta me olhando com uma mistura de diversão e seriedade — Ela não vai querer me dar uma bronca?

— Porquê daria? — pergunto com uma de minhas sobrancelhas erguida.

— Porque estou transando com a filha dela sem uma aliança — diz e rimos.

— Não é a primeira vez que isso acontece — concluo.

— Por favor, não me lembre que existiram outros homens antes de mim, isso me dá vontade de procurá-los e matá-los por terem ficado com a mulher que nasceu para ser minha.

Meu Chefe E EuOnde histórias criam vida. Descubra agora