Capítulo XVIII

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Emilia Clarke



              Os ventos de agosto sopram meus cabelos e inundam o carro com aroma de flores de uma floricultura ao lado. Agosto é o auge do verão em Londres. A cidade está muito cheia e muitas pessoas estão enfrentando filas para muitas atrações. Temos uma cidade alegre e animada, com muita gente nos locais abertos.
   Do outro lado da rua, Poppy-Sophia Ridley sai da loja e olha para os dois lados para atravessar. Ela veste um blusão branco de tricô que bate no meio de suas coxas, e um jeans escuro com um rasgo no joelho, e o cabelo amarrado em um rabo de cavalo alto e super apertado com uma fita rosa. E usando um all star rosa cano alto. Debaixo do braço, ela trás uma bolsa marrom de alça. Poppy se aproximou do meu carro e abriu a porta, e se virou para mim quando se acomodou no banco.

— Tudo certo.

— Sério? — pergunto. — Eles aceitaram?

— Hoje, às 19. — ela fala.

— Você tem uma caixa? — pergunto. — Que caiba tudo.

— Tenho. Vamos lá em casa. Posso? — ela aponta para o GPS do carro, e eu balanço a cabeça indicando que sim.

Ela arruma o óculos de grau com armação rosa no rosto, e digita o nome do bairro. Olhei para o GPS e vi o nome Chelsea na tela. E liguei o carro para seguir para direção nordeste de Londres. Saindo do Centro da cidade. Chelsea é um distrito no borough de Kensington, e eu conheço o lugar por ser um bairro nobre, localizado na região central de Londres, delimitado ao sul pelo rio Tâmisa e a apenas alguns minutos de Westminster. Apesar da localização fácil, ainda é uma área pouco conhecida pelos turistas, e eu acho isso incrível. A região para mim é uma das melhores da cidade para se fazer compras. De grandes marcas a pequenas lojas independentes, ali eu consigo obter praticamente qualquer coisa.
Antes do carro entrar na rua The Mall, passamos pelo grandioso Palácio de Buckingham. Faço o que normalmente todo britânico ou turista faz, e me pergunto se a Rainha Elizabeth II está no palácio. Basta olhar pra bandeira hasteada: se for a bandeira do Reino Unido, ela não está; mas se a bandeira for a Royal Standard, bandeira oficial da monarca, significa que a rainha está presente. A Royal Standard também é usada quando a rainha está visitando o parlamento, ou no Castelo de Windsor, em aviões, carros, e qualquer outro lugar em que ela esteja presente. A bandeira balançando no topo é a Royal Standard, a rainha está lá dentro, talvez em reunião com o primeiro ministro, recebendo chefes de estado e convidados oficiais, ou oferecendo banquetes e festas de gala. Sempre imagino como é lá dentro, só vejo tudo por fotos, sei que em uma época do ano o palácio é aberto ao público, mas eu nunca tive tempo de ir.
          Ao entrarmos no bairro Chelsea, dirigir direto para a King’s Road, principal rua do bairro, logo avisto o Amorino, uma gelateria que faz muito sucesso por aqui. Com a chegada do verão, o lugar está lotado. Já estive nessa gelateria duas vezes com Lola e também com Nathalie Emmanuel.
  Poppy-Sophia Ridley veio calada durante todo o trajeto, tentando resolver um problema com um evento que ela vai participar. Então, não a incomodei. Daisy Ridley não sabe, mas sua irmã praticamente virou minha melhor amiga – nunca falei isso para Lola, é claro – e isso me mudou de várias formas. Desde que nos conhecemos, não paramos de trocar mensagens e quando venho para Londres, sempre vamos para algum pub ou caminhamos em algum parque. Poppy-Sophia Ridley é mágica e pura anjinha na Terra. Estou praticando meditação e ioga com orientação dela. Agora sempre tomo um bom banho quente com lindos sais de banho e depois medito. Eu sei que é um clichê e todo mundo diz isso, mas agora com a Poppy-Sophia Ridley foi única vez que eu realmente fiz toda a coisa da meditação corretamente. Até mesmo fazer ioga todas as manhãs - onde faço exatamente a mesma rotina todos os dias - é uma meditação. Não preciso pensar, posso apenas respirar. Eu também faço um diário, então escrevo todas as merdas que são ridículas na minha cabeça no papel. Falei para Poppy que continuarei com tudo isso ... a menos que esteja bêbada. Então eu sei que não terei capacidade para fazer nenhum deles.
Olhei para cada travessa da King’s Road, pois muitas delas são ruinhas residenciais muito coloridas e charmosas, que merecem ser visitadas. Uma das minhas preferidas é a Bywater Street, que é composta por cottage houses em tons de arco-íris. Um encanto. Às vezes eu gostaria de morar num lugar assim.

ʙᴇᴍ-ᴍᴇ-Qᴜᴇʀ:𝓓𝓪𝓲𝓼𝔂 𝓡𝓲𝓭𝓵𝓮𝔂 & 𝓔𝓶𝓲𝓵𝓲𝓪 𝓒𝓵𝓪𝓻𝓴𝓮Onde histórias criam vida. Descubra agora