Capítulo XIII

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Daisy Ridley

          Se tem uma coisa que aprendi trabalhando em Star Wars é a necessidade de cochilar a qualquer hora, em qualquer lugar, desde que tivéssemos permissão, mas o meu sono dessa vez foi como se eu tivesse em dois planos. Ouvindo a voz de Emilia e de Rose, entre meus cochilos.
Olhei ao redor. O cair da noite se mostrava cinzento, indicando uma piora do tempo para mais tarde. O sol já pairava baixo sobre as montanhas, esticando as sombras das árvores.
Emilia estava passando a mão nos pêlos de Ted. Ela ergueu os olhos e empurrou levemente o meu ombro.

— Você ronca. Já falei isso? — Ela sorrir.

— Ou!! — Eu empurro o ombro dela. — Isso não é verdade.

E Emilia começa a rir. Ela coloca as mãos na boca, e começa a respirar, fazendo um som parecido com a respiração de Darth Vader. E Rose começa a rir.

— É desse jeitinho mesmo. — Ela comenta.

— Ei! — eu seguro o braço de Emilia. E ela para de fazer a imitação, porque agora ela não está só rindo, ela está gargalhando. — Eu não faço isso.

— Você dormindo é igual o Darth Vader respirando dentro da armadura. — Emilia fala.

— Você não pode usar referências à Star Wars contra mim. — Balanço a cabeça.

— A brincadeira fica melhor envolvendo referências boas. — Rose fala.

— Até você, Kika-Rose. — Me ergo um pouco e entro no meio dos dois bancos da frente. — Pops... — Contorno com o dedo o nariz de Poppy-Sophia enquanto ela dorme. — Já estamos chegando.

— Se eu fosse você, teria mais cuidado. — Pops sussurra quase perto do meu ouvido.

— O quê? — pergunto.

— Se você não quer contar... — Ela olha para mim. — Tenta ter mais cuidado.

— O quê vocês duas estão sussurrando? — Kika-Rose pergunta.

— Nada. — Falo com rapidez.

— Nadinha. — Pops balança a cabeça.

Olho para Kika-Rose e dou um sorriso desconfortável, porque sinto os dedos de Emilia deslizar por debaixo do meu moletom. Uma energia percorreu minhas costas quando seus dedos me tocaram. Pisquei algumas vezes, e olhei de novo para Kika-Rose, ela estava concentrada na estrada. Percebi que eu estava quase sentada no colo de Emilia, me afastei para o lado e me joguei de volta para o meu lugar, forçando ela a tirar sua mão das minhas costas. Ela está me provocando, assim como eu fiz hoje mais cedo. Não acredito!

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Emilia Clarke
    
    No final da viagem, o Ted já tinha passado para o banco da frente e se acomodava no colo de Poppy-Sophia.

— Ele deve achar que é a Dazzle. — Ela riu.

Enquanto elas estavam ocupadas conversando. Coloquei minha mão direita sobre o joelho de Daisy, e me surpreendi que a mão esquerda dela repousou sobre a minha.
Olhei para ela, eu me sinto tão perdida. Tão perdida por ela. Todos aqueles dias, sentadas uma do lado da outra em nossas cadeiras de maquiagem, todos os dias que eu via ela cantar, ela sorrir quando conseguia fazer algo espetacular. Quando fazíamos nossas cenas juntas, ela sempre pegava em minha mão após a cena encerrar, e dizia, com o olhar preocupado “ Posso voltar e fazer melhor”, mesmo eu dizendo que tudo estava perfeito. E era as minhas piadas que faziam ela relaxar, e isso me fazia feliz só por vê-la sorrindo.
    À beira da estrada, com ruas pequenas, uma aldeia pequena indica que nosso destino está chegando. Uma aldeia encantadora no meio de um campo bem inglês, com casas perfeitas... Bem conservadas, com janelas com flores e contrastes de cores amarelas, marrom, ocre e pintado com o brilho do fim de tarde.

ʙᴇᴍ-ᴍᴇ-Qᴜᴇʀ:𝓓𝓪𝓲𝓼𝔂 𝓡𝓲𝓭𝓵𝓮𝔂 & 𝓔𝓶𝓲𝓵𝓲𝓪 𝓒𝓵𝓪𝓻𝓴𝓮Onde histórias criam vida. Descubra agora