ʙᴇᴍ-ᴍᴇ-Qᴜᴇʀ:𝓓𝓪𝓲𝓼𝔂 𝓡𝓲𝓭𝓵𝓮𝔂 & 𝓔𝓶𝓲𝓵𝓲𝓪 𝓒𝓵𝓪𝓻𝓴𝓮

Capítulo VIII

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Emilia Clarke

   Resseca ou a falta de uma boa noite de sono. Eu não conseguir dormir direito. Tenho que gravar. E para lá do vale, nos picos das montanhas uma névoa densa cobre a visão. Não vai chover, parece que isso hoje não vai acontecer. No gramado, uma enorme poça se formou, e pardais caminham procurando sementes ou qualquer coisinha para se alimentar. O sol parece tão tímido, tentando aparecer entre as nuvens, seu brilho tão fraco. E eu pareço está tão distante. Acordada tão cedo, sem motivos. Com o copo de chá na mão, sentada num banco de ferro pintado de branco, embaixo de um enorme carvalho cuja as folhas ainda pingam água da chuva quando o vento bate.
O roteiro ao meu lado, protegido por um plástico. Respiro fundo, me concentrando no som da água descendo no rio ali perto.
O motorista está de volta – parece mais um segurança – isso quer dizer que Daisy está de volta. Quando acordei, fiquei sabendo que ela tinha ido para a academia.
Desde ontem à noite que não a vejo. Tive vontade de bater na porta do quarto dela, quando conseguir me levantar do lugar que ela tinha me deixado. Mas depois eu percebi bem a tempo, quando minha mão já estava quase para bater, eu percebi que não era nada adequado.
Eu estava bêbada, mas eu nunca vou me esquecer daquele beijo. Beijaria ela por dias e dias seguidos. Foi incrivelmente gostoso. Fiquei muito excitada pela maciez da boca dela e a delicadeza.
    Agora, eu sei que o pessoal está lá dentro, e que ela está lá. E eu quero tanto entrar lá. Quero falar com ela, e isso é tão assustador.

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Daisy Ridley

     Metade da equipe desceu para tomar café, alguns possivelmente foram chamados mais cedo para gravar e outros estão dormindo após beber ontem. Isabella e Zendaya estão sentadas ao meu lado, possivelmente falando sobre suas vidas fora daqui. Atores não gostam de falar de trabalho o tempo, normalmente falamos de outras coisas.
Na hora do café da manhã, tem os que querem saber a que horas o hotel começa a servir o café da manhã e os que querem saber quanto tempo podem dormir sem perder a primeira refeição do dia. Estava tentando não pensar na noite passada, e só pensava se Emilia é do tipo que acorda para um café da manhã depois de beber muito. Hoje eu acordei bem antes do amanhecer. Uma bebida quente à base de cafeína, um bom cappuccino nada britânico, acabou sendo a primeira coisa que pedi antes mesmo de saber quais refeições estavam disponíveis.
Então eu estou mais perdida em meus pensamentos, ainda estou impressionada com a sensação de ter um par de seios enormes e macios contra os meus. Por farra, só diversão, eu vi amigas minhas beijarem outras garotas, numa atitude de curiosidade típica na adolescência. E eu também já tive essa curiosidade para saber como seria beijar alguém do mesmo sexo, só que eu nunca tinha beijado. Mas agora, não sou mais adolescente, e isso está me perturbando.

— Bom dia. — Emilia apareceu para se juntar à nós.

Balancei a cabeça desajeitadamente, e olhei para ela, mas meus olhos não conseguiram olhar os dela. Abaixei a cabeça, apertei as mãos no rosto, sentir que estava ruborizada de um jeito bobo, normalmente, tenho as bochechas rosas demais, mas agora sei que elas estão totalmente vermelhas como se eu tivesse ficado o dia todo na praia sem protetor solar.
Emilia se sentou na minha frente, e tentei não olhar muito para ela. O que ela pensaria se me flagrasse olhando para ela? Que eu tinha gostado? Será que já não estava embaraçoso demais? Eu tinha a beijado, eu tinha começado o primeiro beijo.
Mesmo não olhando para ela direito, eu vi que ela está usando o colar que eu fiz para ela. A pedra amarrada em uma cordinha trançada, coisa que aprendi com a minha irmã Poppy.
Ela se dirigi a nós com igualdade, com um sorriso alegre para todos. E logo começa a fazer piadas. Fazendo quebrar o clima. Fazendo com que eu fique mais aliviada. Eu diria que ela tem a coragem de um pequeno leão, a resistência de um pônei galês e a alma de um palhaço.