Any desde de pequena foi diagnosticada com infantilismo... Após a morte de sua mãe tudo veio a piorar, ver sua mãe sendo esfaqueada pelo seu próprio pai não é algo fácil para ninguém, ainda mais para uma garotinha, que acreditava em contos de fadas...
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Hoje Sina foi buscar a magrela no hospital e depois ia trabalhar e sobrou pra mim cuidar da pessoinha.
Sina disse que Any estava no seu quarto brincando em cima da cama com seus ursinhos, mas era pra mim ficar de olho nela, já que sua perna não mexia e ela precisava de ajuda.
- JOSHYYY - escuto um grito e pulo da cadeira levando um susto.
Credo parece encarnação tava pensando nela agora.
Me levanto e vou para o quarto de Any e a vejo sentada/deitada na cama me olhando desesperada
- O que aconteceu? - falo preocupado.
- T-tem a babarata lá - ela diz apavorada - ela vai mata a Any! Juda ela! - Any diz esticando os braços para eu pega-lá no colo rápido.
- Que te matar doida - digo rindo - Ah você não vai chorar né? - Olha pra ela que já tinha lágrima nos olhos.
- Pala Joshy! Vuxe é do mal - ela diz fungando e seu chorinho aumenta.
Pego ela rápido no colo antes que ela abra o berrero ou conte pra Sina, pois minhas roupas estão sendo ameaçadas.
- Vamos logo - digo a levando até o meu escritório aonde eu estava trabalhando.
A coloquei sentada no tapete e coloquei uma almofada em suas costas para ficar mais confortável.
- O que você quer? - falo a encarnado.
- Hm podi se meus livrinhos di pinta e o usinho - ela diz com aquele sorrisinho.
Fui até seu quarto e peguei tudo o que ela pediu.
....
- Joshy o que é isso? - reviro os olhos.
- Um quadro Any.
- É esse Joshy o que é?
- Um vaso de plantas Any.
- É esse?
- Sei lá - digo sem olhar.
- A Any podi brincar com esse?
- Claro - falo assinado os papéis.
- Não sabia que o titio Joshy bincava com a aminha de binquedo coelhinho - arregalo os olhos olhando para suas mãos.
- Menina de Deus solta isso! - corro em sua direção e tiro de seus mãos.
- Mas a Any queria fazer pou pou com a aminha Joshyyy - ela faz um biquinho.
- Nada de pou pou tá loca - Falo colocando arma em cima do armário.
Quem foi o imprestável que me deixou a arma em cima da mesinha de centro?
- A Any que o pou pou - ela começa a chorar mais alto.
- Paro paro! Isso iria te machucar nem vem - falo me sentando na cadeira novamente e focando no meu trabalho enquanto ela chorava.
