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Acordo escutando com um choro alto e me assusto ao olhar para o lado da cama e não ver Any

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Acordo escutando com um choro alto e me assusto ao olhar para o lado da cama e não ver Any.

Olho para o chão, vejo ela sentadinha chorando horrores e olhando para uma poça de vômito em sua frente.

Vi seu corpo tremendo e ela começar a respirar mais rápido, Any olha pra mim pedindo ajuda e vou até ela me sentando a sua frente.

- Eí pequena - chamo sua atenção e coloco minhas mãos em seu rosto.

- Respira fundo - falo fazendo um carinho com meu polegar - agora solta o ar bem devagar - digo vendo ela repetir o que eu disse.

Continuei fazendo isso, mas nada estava adiantando, Any levou suas mãos até o pescoço e o apertou forte.

Em um segundo vejo ela cair no chão desacordada e foi meu surto, sai correndo até o meu guarda roupas e troquei de roupa, pois estava de pijama, pequei uma mantinha de Any e a enrolei com cuidado.

Corri para fora do quarto e desçi apressado até a garagem, abri a porta de trás e a coloquei deitadinha, me sentei no banco do motorista e respirei fundo.

Não poderia estar apressado assim, pois algo de pior pode acontecer comigo dirigindo nesse estado. Respirei fundo e dei partida até o hospital.

- Você precisa ficar bem... - sussuro apertando minhas mãos no volante.

°•°•°•°•°•°

Estava sentado em uma das poltronas na sala de espera, fazia mais de duas horas sem nenhuma notícia e já estava entrando em uma crise.

Levantei o olhar e logo vejo a médica que me atendeu quando trouxe Any em meu braços. Me levantei apressado.

- Boa noite Sr.beuachamp sou a Nour - Ela me comprimenta estendo a mão  - A paciente Any Gabrielly Soares já está consciente e tomando soro - Ela diz sorrindo simpática e suspiro - O caso da pequena é complicado, fizemos milhares de exames nela e não encontramos nada - olho sem entender nada.

- Como assim nada? - digo passando a mão pelos meus cabelos.

- Senhor a Any passou por algum acontecimento muito forte ou repentino? - Nour falo escrevendo algo na prancheta.

- Sim - digo me lembrando dos dias que não fui nem para casa ou liguei para ela.

- Bom Any tem algo chamado de "transtorno de somatização" que são
condições provocadas por alterações emocionais e que causam sintomas físicos como dor, falta de ar, coração acelerado, tremores ou diarreia, por exemplo. Normalmente, os sintomas que resultam de doenças psicossomáticas não são explicados por nenhuma outra doença ou alteração física e/ou orgânica - Fecho meus olhos respirando fundo sabendo que aquilo era minha culpa -  Por isso não achamos nada em Any a não ser um começo de aneimia.

- E como podemos tratar isso doutora? - falo preocupado.

- O tratamento geralmente inclui a realização de psicoterapia, além do acompanhamento com o psiquiatra, que poderá indicar medicamentos, como antidepressivos ou ansiolíticos, para ajudar a aliviar os sintomas - Nour diz anotando várias coisas na prancheta.

-  Como Any não está afetada em um nível alto vou recomendar que ela tome um antidepressivo que vai normalizar o estado de humor dela tirando a tristeza, angústia, falta de energia, alterações do apetite - Ela me entrega uma receita médica - E também Any tem infantilismo certo? - concordo - É bom que o senhor procure um psicólogo para ela, Any precisa desabafar e falar com algum profissional que vai saber lidar com seus sentimentos - assinto.

- Eu posso vê-la? - falo gaguardando a receita em meu bolso.

- Claro senhor, só peço para tentar ser o mais calmo possível com a paciente e não estressar ela - Nour alerta e concordo a seguindo.

Entro no quarto de Any e a vejo quietinha olhando para a TV que passava um desenho aleatório, olho para seu bercinho com alguns fios ligados à ela. A médica saí me deixando sozinho com ela.

- Gatinha...? - chamo sua atenção e rapidamente ela se vira pra mim estendo os  bracinhos, olho para seu rostinho vendo suas bochechas vermelhas e os olhinhos úmidos.

- Da-dada - Ela fala abrindo e fechando as mãozinhas.

- Por que a neném do Daddy tá chorando em? - falo me aproximado da cama e ela agarra meu braço.

- Dodói na Ny - A pequena aponta para as agulhas em seu braços.

- Fizeram dodói na neném do papai foi? - digo limpando suas lágrimas e beijo suas bochechas gordinhas.

- Num maix - Ela nega e dou risada entendo que ela quis dizer que não é pra fazer mais.

- Sim, ninguém mais vai fazer dodói na neném - me deito no canto da cama e Any deita em meu peito agarrando minha cintura.

Faço um carinho de leve em seus cachinhos e olho para ela que agora estava vidrada no desenho.

Fico pensando em como tudo poderia ter sido evitado, eu foquei tanto em uma coisa que esqueci que tinha alguém para cuidar em casa.

Minha mãe e Sina estavam todos os dias lá em casa e eu imaginei que Any estaria bem junto a elas, mas não me toquei que ela poderia se sentir abandonada.

Precisava me desligar um pouco e focar na minha saúde e família, já que posso contratar alguém para fazer meu trabalho por mim, mas ninguém para ocupar meu lugar em casa.

Any precisava de mim agora e era isso que faria, vou tirar umas férias e cuidar da minha baby.

- Ô dada - Any aponta dando risadas sapecas para o desenho que ela via.

Olá Brasil

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Olá Brasil... Como estão?

Gosto de um drama pessoal!

Acham que Josh está fazendo certo em tirar umas férias?

O que poderia acontecer com ele em casa o dia todo?

O que poderia acontecer com ele em casa o dia todo?

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Até mais...

ᶜᵒᵐᵉⁿᵗᵉᵐ 💭
ᵈᵉⁱˣᵉᵐ ᵃˢ ᵉˢᵗʳᵉˡⁱⁿʰᵃˢ ⭐

My sweet little flower - ᵇᵉᵃᵘᵃⁿʸ Onde histórias criam vida. Descubra agora