Acordar ao lado dela era algo que ele amava. Tê-la se aconchegando profundamente ao lado dele, uma de suas camisetas adornando sua parte superior do corpo, suas pernas nuas abaixo do edredom grosso da cama.
Havia algo sobre a maneira como ela tinha um braço jogado sobre seu estômago e pontas dos dedos roçando o quadril de Harry próximo à cueca boxer, bochecha pressionada contra seu peito, bem ao lado de seu mamilo.
Ele acordara ao lado dela durante a maioria dos dias nos últimos três anos e, honestamente, não conseguia parar de pensar que teria aquilo para o resto da vida.
Seu hálito quente acalmava sua pele fria, sua perna ocasionalmente engatada sobre as dele e seu cabelo bagunçado fazendo cócegas no pescoço de Harry.
Saber que ele tinha ela por perto fazia com que um sorriso acordasse em seu rosto todas as manhãs. Harry era sempre o primeiro rosto que ela via de manhã e o último que via pela noite.
Sempre era uma luta para deixar a cama cedo, as conversas com os rostos enterrados no travesseiro costumam ser as preferidas de Harry. Era algo que ele certamente colocaria em uma música um dia, apenas porque a voz dela o protegia de qualquer coisa.
Às vezes engraçada, às vezes séria, e às vezes em uma linha de pensamentos que ele simplesmente adorava ouvir.
Aquela era uma típica manhã nublada, mas calorenta de sexta-feira, onde tudo o que ele queria era passar o dia na cama e não fazer nada a não ser assistir programas aleatórios na TV e comer besteiras sem se importar em parecer nojento.
Mas ele não poderia. Não naquele dia. Aquela era a sexta-feira que Mary o ajudou a organizar para ir às compras dos ternos com seus padrinhos de casamento.
Os olhos de Lauren se abriram de repente, mas imediatamente semicerrando-se com a claridade do quarto. Harry imediatamente ergueu o braço e fechou a mão sobre os olhos dela, para que se acostumasse com a luz.
Ele olhou para baixo, vendo-a se aninhar novamente, respirando suavemente. Ele não queria acorda-la, mas seu braço estava dormente embaixo dela. Harry podia sentir as pontas dos dedos latejando com a sensação de formigamento.
Harry então deslizou suavemente debaixo dela, pressionando um beijo casto em sua testa enquanto Lauren se sentia despertar.
-Desculpe, meu braço estava dormente, tentei não te acordar...
Harry se desculpou, sua voz era rouca e profunda, quase estalando com sua garganta seca.
Lauren sorriu, sua voz matinal era a sua favorita, o suficiente para deixá-la com os joelhos fracos às oito da manhã.
-Volte a dormir, certo? Eu te acordo antes que James chegue.
Harry pediu, esfregando o nariz na linha de seu cabelo e pressionando os lábios na sua testa.
-Que horas ele vem? Achei que você fosse pela tarde...
Lauren se perguntou, apoiando-se nos cotovelos enquanto Harry deslizava das cobertas e se expunha ao quarto frio.
-Você pode voltar só por mais um minutinho? -o olhou- Não recebi meu abraço matinal.
Lauren choramingou, seus olhos observando Harry andar pelo quarto, os pés batendo contra o tapete macio que cobria o chão do quarto.
O rangido das portas do closet soou ao redor do quarto enquanto enquanto ele remexia e escolhia uma calça branca e uma camiseta que pudesse vestir apenas para uso casual.
Harry pendurou as peças de roupa no braço e rapidamente se curvou diante da cama, abraçando-a por alguns segundos.
-Eu gostaria que pudéssemos ficar mais tempo assim, baby, mas James estará chegando às nove. Tenho vinte minutos para tomar banho, me arrumar e me certificar de que tenho dinheiro na conta para os ternos.
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End Of The Day - 2
RomanceQuando a vida se torna pública, quem você se torna? Quando o seu companheiro é uma pessoa famosa, o quanto vale o seu silêncio? A mídia vigiaria todos os seus passos e, tentar fugir dessa realidade, se tornaria seu mais novo desafio. No final do dia...