End Of The Day - 2

And then he cried.

...1 mês depois...

Pov Lauren

-Nós realmente temos que ir?

Fiz bico ao parar a mala, como uma criança faria ao ter uma bala negada.

-Sim baby, eu não queria tanto quanto você.

Harry me deu um selinho e pegou as chaves, parando de frente para mim novamente.

-Vamos?

Respirei fundo.

-Vamos.

Você deve estar pensando: e todas as outras coisas? Bom, nada. Eu não recebi contratos e, se tivesse recebido, não teria assinado. Harry e eu estávamos de férias, no meio do mês de agosto, fugindo do mundo. Então a última coisa que queríamos falar era de negócios.

E não falamos. Eles respeitaram o nosso tempo e eu posso dizer que cada dia com ele era uma caixinha de surpresas. Boas surpresas.

Eu tive dias simples vendo a lua e dias chiques bebendo drinks horrorosos com nomes alemães que sequer sabíamos pronunciar. Definitivamente a melhor vida que alguém poderia ter.

Mas tinha que acabar um dia, e infelizmente estava marcado para hoje. Nós levantamos bem cedinho, deixamos as coisas mais ou menos arrumadas, fomos até as piscinas e voltamos de volta para a rotina.

Mary já havia ligado mil e uma vezes e nós já havíamos recusado algumas outras mil, mas também não podia ser pra sempre.

Harry precisava voltar para terminar o álbum. Se tem uma coisa que eu aprendi durante esse tempo com ele é que o tempo não espera. Não com a gente. Nossa última semana aqui foi apenas sobre nós dois. As meninas foram embora e os amigos festeiros dele também, todos tinham compromissos ou famílias ou um resto de férias chamando.

Harry fechou o porta-malas e deixou que o ar puro daquele lugar mágico entrasse por seus pulmões pela última vez, se despedindo. Eu fiz o mesmo ao olhá-lo, ele era a mágica.

Bill e João entraram na frente e nós nos aconchegamos no banco de trás, mais perto do que o realmente necessário. E essa era a melhor parte: sentir ele. Harry tem um tipo de amor único pra dar e apenas algumas poucas pessoas privilegiadas poderiam experimentar nessa vida.

As vezes eu olhava para ele e não conseguia entender como alguém antes de mim não viu o que eu via, as vezes eu olhava para ele e não conseguia entender como alguém antes de mim não percebeu esse belo universo escondido por trás dos olhos verde esmeralda.

As vezes eu olhava pra ele e não conseguia entender como alguém antes de mim olhou sobre essa mesma posição e não encontrou todas as coisas que procuravam em uma pessoa. As vezes eu olho pra ele e me sinto feliz por ninguém ter visto antes. Porque, se tivessem, eu nunca teria conseguido.