𝘼𝙎𝙉 || 𝙎𝙝𝙞𝙧𝙗𝙚𝙧𝙩

• Ideia de Casamento •

A ideia de apresentar Anne a sua família parecia maravilhosa com o corpo irrigado de bebida, mas logo se arrependeu quando estava com a garota do lado do carona no carro e tinha virado na esquina de sua casa.

Imaginar Bash e seu pai no mesmo cômodo que Anne era tão aterrorizante quanto errar a cesta no último segundo ou reprovar em física.

-Acha que eles vão gostar de mim? – murmurou Anne ajeitando o vestido. Sorri para ela.

-Impossível alguém não gostar de você. – disse o garoto abrindo a porta para ela. – O problema é eles não te assustarem...

-O que?

-Nada! Vamos?

Gilbert abriu a porta de casa e sentiu um cheiro bom de de carne assada e Gilbert ficou aliviado ao ver o rosto familiar de Mary.

Mary era a noiva de Bash, com certeza Bash deve ter comentado que viria almoçar aqui em casa para implicar e ela deve ter se compadecido, tanto comigo, tanto com a péssima comida que eu e papai fazemos.

-Ah, oi, Gil! – disse Mary largando o pano de prato na cozinha e vindo até a gente com um sorriso lustroso. – E quem é essa menina linda?

-Mary, esta é Anne. Anne, esta é Mary Lacroix, noiva do meu primo.

-Irmão. – corrigiu Bash surgindo do corredor que dava a sala. – Ouvi vozes e vim correndo...

-É claro. – murmurou Gilbert contragosto.

-Então esta é a tão falada Anne Shirley. – Bash abriu um sorriso largo, e um tanto assustador para Anne. – É sério, ouvir falar muito de você. Estou quase gravando seu CPF já...

-Chega, Bash. – Gilbert empurrou o primo para que pudesse levar Anne a sala.

-Ah, chegaram. – murmurou o senhor Blythe da poltrona na sala.

O senhor Blythe tinha um aspecto um pouco cansado. Anne sabia que no último verão ele havia ficado muito doente e por pouco Gilbert o perdera, mas ele agora se recuperava bem.

-Pai, esta é...

-Anne Shirley! Encantando. – interveio o sr. Blythe se levantando e abraçando Anne informalmente.

-Espero que goste de carne assada, Anne. – comentou Mary para puxar assunto enquanto sentávamos na sala.

-Ah, eu amo. Minha mãe sempre fazia aos domingos também.

-Ah, que bom! Vou adorar conhece-la! – comento Mary sorrindo.

Gilbert e Bash lançaram um olhar nervoso de reprovação a uma Mary perdida.

-Ah, meus pais morreram há alguns anos... – comentou Anne meio sem jeito.

-Eu sinto muito, Bash não deve ter comentado... – disse Mary visivelmente arrependida.

-Que isso, acho que falar de pessoas mortas não deve ser umas das prioridades... mas aposto que ele comentou que eu era ruiva. – comentou Anne sorrindo.

-Sim, isso comentou. – Mary sorriu aliviada por não ter ficado um clima chato.

-Bom, vamos almoçar então? – comentou o sr. Blythe se levantando.

-Então, Anne, sabia que você é a primeira garota que o Gilbert trás pra casa? Você se importa se eu tirar uma foto pra colocarmos na geladeira? – comentou Bash realmente tirando o celular do bolso enquanto todos se serviam do almoço.

Mary e o sr. Blythe riram e Anne sorriu.

-Bash, se você não calar a boca eu juro que essa carne assada vai parar em outro lugar... – murmurou Gilbert, tentando esconder que estava sem graça.