23 - Shoto?

356 62 15
                                    


Havia se passado um mês desde o casamento, os noivos tinham aproveitado a lua de mel e ficado também de férias, já que fazia um bom tempo que não tinham um momento sozinhos. Claro que antes Asui perguntou se Izuku ficaria seguro consigo mesmo, caso ao contrário ela procuraria alguém que pudesse ficar em seu lugar ou até mesmo fazer uma chamada de vídeo e atendê-lo à distância.

Izuku disse que caso se sentisse ruim durante o mês ou se precisasse de algum tipo de ajuda ele ligaria, pois não queria atrapalhar as férias do recente casal. Kirishima também tinha dito que estaria por perto e poderia ajudar o garoto caso ele precisasse.

Já os dois garotos estavam experimentando e tentando se relacionar, nenhum dos dois eram principiantes, mesmo que Izuku não tenha namorado e se relacionado assim como Kirishima provavelmente já tinha, ele já leu e escreveu muitos romances e tinha uma leve ideia das coisas na qual aconteciam.

Só que mesmo eles sendo um casal, não eram um casal comum, então não havia motivos para se tratarem como um casal comum. Começaram do seu próprio jeito, afinal Kirishima queria deixar o novelista à vontade e confortável com tudo aquilo que estava acontecendo entre eles.

Como Izuku já estava mais avançado em seus treinos para contanto íntimo, tentava se acostumar com a ideia de ficar abraçado com o editor, só que ainda assim era difícil. Havia conseguido ficar com sua mão entrelaçada com a dele, tinha sido mais prático do que ficar minutos abraçados.

A fim de tentar se aproximar, Kirishima tentou outros meios; eles se sentavam perto ou simplesmente se deitavam um de frente para o outro, para que aos poucos Izuku se acostumasse com a ideia do toque. Conseguia com extrema facilidade fazer um carinho nos cabelos do menor, só que ainda era um tanto tenso fazer carinho em outra região, mesmo sendo o rosto.

Às vezes Izuku tinha algumas crises, chorando ao alegar que ele era muito inferior e Kirishima não merecia passar por tudo aquilo, contudo, o rapaz sempre conseguia acalmar o menor. Ele estava disposto a conseguir quebrar aquela barreira, ele via o quanto Deku se esforçava até o limite para lhe agradar, gostava muito daquilo, mas também ficava preocupado com seu bem estar.

Acharam melhor não contar nada para as pessoas de fora, a única que ficou sabendo mesmo desse "romance" foi Uraraka, afinal ela tinha que ter uma noção das coisas que envolviam o escritor, caso algo desse errado ela teria que agir imediatamente e procurar outro editor, mesmo gostando muito de Kirishima e torcendo muito para que a relação desse certo, ela tinha que também pensar no pior.

Kirishima se apaixonava cada vez mais, como se fosse possível em seu estado atual. Era único ter o menor lhe abraçando enquanto passava as mãos pelos cachos esverdeados, olhar ele ficar envergonhado e virar o rosto mostrando as sardas sendo destacadas pelo rubor...

Izuku também estava feliz, mesmo estando assustado e muitas vezes se achando uma pessoa péssima, ele estava feliz de receber toda atenção e carinho que Kirishima conseguia lhe proporcionar, era simplesmente mágico ver ele sorrindo enquanto lhe fazia um leve carinho em seus cabelos.

Ele tinha se arriscado a dar um beijo na testa do novelista, era arriscado, afinal, não sabia como ele poderia lidar com isso. Só que Midoriya ficou tão feliz. Por incrível que pareça ele aceitou muito bem, diferente das demais coisas. Não sabiam ao certo o motivo, porém, aquilo deixava ambos tão felizes que nem queriam buscar a causa.

Mesmo pela falta de carícias, eles ainda tinham um ao outro, conversavam mais intimamente, além de claro, conversar sobre o trabalho. Jogavam juntos e até mesmo discutiam seus programas favoritos, coisa que após as conversas, eles partiam para assistir os programas discutidos.

Meu estranho editorOnde histórias criam vida. Descubra agora