16 - Mudança

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A casa na qual Uraraka e Tokoyami haviam escolhido era de fato um achado único. Um apartamento no centro onde o mesmo se localizava em pontos estratégicos, estava próximo à casa de Uraraka, assim como estava próximo da casa do moreno; havia uma farmácia e também um mercado no bairro, 24 horas ambos.

Ficava próximo à uma linha do metrô, o que poderia ajudar na locomoção de Kirishima, sem contar na série de locais de lazer que o prédio possuía. Claro que as chances de Izuku aproveitar de fato alguma delas, era extremamente baixa.

Uraraka já tinha conversado com o síndico do lugar, afinal, era ela que ficava à par de tudo, visto que Izuku jamais desceria para escutar alguma reunião ou algo do gênero. Tinha também o detalhe da vaga, onde ela fez questão de escolher. O prédio fazia sorteios anualmente, só que ela mostrou todo o quadro de doenças psicológicas do escritor, se o mesmo tivesse uma crise seria bom o carro estar próximo ao elevador para que alguém pudesse socorrê-lo.

Assim a mulher havia conseguido escolher a vaga na qual ela mais desejava, uma para si e uma para Fumikage, caso algo viesse acontecer. Era até bom, assim eles tinham um lugar com segurança para guardarem os automóveis e não deixar na rua no relento.

A casa ainda não possuía nenhum móvel, visto que Ochaco queria primeiro levar o menor para que ele pudesse escolher que tipo de mobília ele desejava para que ela fosse atrás para providenciar. Ela gostava e muito de comprar móveis, então era o processo mais divertido para si.

Izuku tinha ido junto com Kirishima e Uraraka ver o local, ele ainda estava um tanto inseguro, devido ao incidente o mesmo tinha se fechado bem mais com pessoas desconhecidas, sua mente fazia com que ele achasse que a qualquer momento um estranho pudesse pular em cima de si.

Felizmente, mesmo com essa regressão na qual eles já esperavam, ele não havia regredido com pessoas de confiança, o que já era um grande avanço. Pois caso ele voltasse a se fechar para todos, seria bem difícil retirá-lo de sua proteção interna.

Aquilo tinha aliviado e muito Eijirou, já que ele não saberia lidar com um o escritor recluso e com medo de qualquer tipo de contato vindo de sua pessoa. Izuku tinha achado o lugar bem grande, chegava ser ridículo comparar as duas casas já que a outra era deveras pequena.

— Bom, o lugar possuí um conceito aberto, onde a cozinha tem acesso à sala de estar e de jantar, possuí um lavabo aqui na sala. Tem duas suítes, sendo uma maior com closet e banheira, enquanto a outra é um tanto mais simples e claro, um quarto de hóspedes – Uraraka falou animada, encarando o amigo que olhava para tudo.

— Isso é tão grande, eu acho que nem tenho coisas o suficiente para essa casa... – murmurou, ainda olhando em volta. Estava estupefato.

— Você tem um quarto de hospedes cheio de coisa, certamente tem espaço sim. Sobre ele, eu estava pensando em transformar em um escritório, o que acha? Assim você tem um ambiente próprio apenas para escrever – a chefe sugeriu, animada com a ideia.

— Olha, eu agradeço tudo isso, mas eu não posso me mudar – Midoriya apertou a bainha da blusa que usava. — Céus, esse lugar é imenso e eu vou ficar sozinho aqui! Depois do que aconteceu eu não quero mais ficar sozinho, tenho medo de que alguém volte a entrar por aquela porta.

— Izuku, esse lugar é bem seguro, ninguém entra sem passar pela portaria ─ Uraraka falou, tentando amenizar a situação.

— E os moradores? Quem me garante que nenhum louco mora aqui? Ou que simplesmente vai dar acesso aos meus fãs? Tem como conseguir impedir os demais moradores de fazerem esse tipo de coisa? – falou com um desespero usual. Ochaco mordeu a ponta do dedão, aflita.

Meu estranho editorOnde histórias criam vida. Descubra agora