14 - Ataque

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O evento havia sido um grande sucesso em diversos aspectos.

No entanto, o principal fora Deku que conseguira tratar todos bem do início ao fim mesmo estando apreensivo com tanta atenção sobre si.

No fim tudo havia dado certo; de sobra ainda ganhou vários presentes do editor que se recusou em ser monetizado por conta daquilo, o mesmo alegou ser um presente por estar se esforçando tanto por si mesmo e pelos fãs.

Ele só não sabia que era um dos principais motivos para o esforço de Izuku.

As consultas com Asui continuavam firmes; Tsuyu sempre gostava de afirmar que o tempo que todos estavam gastando não era em vão e que logo o amigo estaria bem novamente.

E hoje mesmo ele havia tido uma consulta com ela. Já fazia duas semanas que o evento ocorrera; Izuku se esforçava cada vez mais para manter contato com os fãs, seja fazendo live em seu Instagram até publicando algumas prévias sobre futuras histórias.

E no momento atual, ele estava ao vivo reclamando sobre sua vista de novelista:

— Uraraka só sabe me pressionar. Só porque o dia de entregar o manuscrito tá chegando, ela começa a me cobrar sem parar – revirou os olhos e suspirou; leu um comentário que perguntava se Ochaco era muito má: — Se ela é má? Ela é um demônio fantasiado de mulher!

A voz de Deku fez Kirishima gargalhar. Ele estava sentado na frente do ídolo – de uma maneira que era impossível de vê-lo. Os comentários perguntando se a risada vinha dele, Red, o que fez o novelista o encarar mortalmente.

— É sim, esse corno fica rindo da minha desgraça! Aliás, Red, exijo doces! – ordenou com as bochechas infladas, fazendo seus fãs e até mesmo Eijirou passarem mal de tanta fofura.

— Nananinanão, sem doces até terminar o manuscrito! Ordens de Uraraka – sorriu irônico para o escritor que lhe olhava incrédulo.

— Vocês viram? É isso o que eu passo todos os dias! – resmungou. — Então, gente, por hoje já deu, senão irei morrer por falta de açúcar no sangue. Por ora, até outro momento – falou vago. — Isso se um meteoro não surgir hoje à noite e matar todos nós – acenou e desligou a transmissão.

Havia conseguido aprender a mexer corretamente no aparelho graças a Kirishima.

Assim que encerrou a transmissão, o editor se levantou e começou a se arrumar para ir embora. Mesmo sabendo que já era o horário dele, Izuku não deixou de ficar triste.

— Uhum. Deixei tua janta no micro-ondas – avisou calçando os sapatos em frente à porta. — Não durma em frente ao notebook.

— É, é... boa noite.

— Boa noite, Deku – saiu e bateu a porta, esquecendo-se que a mesma era velha e por isso acabava se trancando sozinha.

Acabou se esquecendo seu molho de chaves que davam acesso a própria casa e a casa do ídolo. Havia deixado o carro na oficina e iria embora de metrô, portanto, só perceberia o sumiço quando estivesse longe.

Izuku começou a trabalhar enquanto cantarola "colors" animadamente. Com menos de dez minutos de trabalho, ele ouviu sua campainha tocar e ficou desconfiado, afinal, sabia que Kirishima tinha a chave do apartamento.

Rolou os olhos pela sala e acabou se deparando com o chaveiro de Eijirou lá. Se levantou de supetão para abrir a porta, supondo que seria Kirishima lá. Seu coração começou a bater rápido – pensava que morreria ali mesmo. Estava ansioso para ver o editor assim que abrisse a porta.

Meu estranho editorOnde histórias criam vida. Descubra agora