No dia seguinte, Kirishima ligou para sua chefe e informou tudo o que havia ocorrido até o momento em que estavam:
— Então, hm..., você vai desistir? – a voz do outro lado da linha era falha.
— Na verdade, eu quero saber o que ele mais gosta de comer, aí assim não preparo algo que o desagrade – explicou.
Pôde ouvir uma risada anasalada vindo da garota; logo esta começou a lhe dizer todas as coisas que o ídolo gostava, para então, Eijiro ir em um mercadinho perto da casa do menino para fazer todas as compras necessárias.
Midoriya estava em seu apartamento, lendo uma novel de um novo autor, que, com muito esforço, lhe interessou; já estava fantasiando Ochaco chegando com outro assistente, afinal, Kirishima não voltaria. Mesmo sendo um escritor muito focado no trabalho, quando termina um manuscrito, acaba tirando um tempo para si, focando em coisas como ler ou assistir alguma coisa lançada recentemente.
— Talvez eu devesse tomar um banho... – murmurou colocando a novel de lado. — Três dias já é muito para mim também, ugh.
Izuku fica tanto tempo escrevendo e tendo novas ideias que quase nunca lembrava de cuidar da própria higiene ou da higiene da casa; alimentação? Isso sempre era pior. Às vezes lembrava alguém que passava por necessidades, quando na verdade, era pura preguiça e falta de vontade de querer saborear algo.
Por fim, tomou o tão esperado banho. Lavou os cabelos com calma, e, assim que terminou e se vestiu apropriadamente, prendeu as longas mechas com uma presilha que fora dada por Uraraka para que fosse possível enxergar as coisas quando aquele momento da vida chegasse.
E, para sua surpresa, a campainha tocou às 10 horas da manhã. Era a pessoa que menos esperava: Eijiro Kirishima. Será que Ochaco havia implorado para ele continuar trabalhando para si?
— O que você 'tá fazendo aqui? – perguntou baixo.
— Eu sou seu assistente agora, não sou? Fiz algumas comprar para o café da manhã e o almoço. Teremos katsudon! – sorriu de forma calorosa e entrou no apartamento, sem esperar o garoto lhe convidar.
Kirishima tentava evitar de olhar muito para Deku, mas queria tanto elogiá-lo. Estava tão adorável com a presilha no cabelo prendendo a franja.
— Katsudon? – questionou, fechando a porta atrás de si.
— Isso. Eu perguntei para Ura o que você preferia comer, desculpe por isso – respondeu soltando uma risada envergonhada; foi até a cozinha sendo seguido por Midoriya. — Farei panquecas para você comer por enquanto, prometo que não vou demorar.
Izuku estava estático na porta da cozinha; se amaldiçoou muito por isso, mas era por um bom motivo. Nenhum outro assistente havia se preocupado em saber o que gostava de comer ou simplesmente havia voltado no outro dia. Todos o tratavam como uma pessoa com problemas mentais após ver como reagia perto de pessoas diferentes, e, ao longo do tempo, desistiam de cuidar de si.
Kirishima preparou rapidamente o que prometeu e colocou na bancada da cozinha o prato com diversas panquecas com bastante chantilly por cima; o menor nessa altura do campeonato já estava sendo em frente a bancada de mármore, encarando o prato entregue. Não negaria aquilo.
— Talvez eu coma um pouco já que você teve o trabalho de falar com Uraraka... – disse sem demonstrar muito interesse, contudo fora o suficiente para fazer Eijiro sorrir.
Midoriya comeu um pedaço da panqueca, mas logo sua fome falou mais alto e devorou tudo em questão de segundos. Acabou se sujando um pouco com o chantilly, todavia Kirishima como um bom observador, logo lhe entregou um guardanapo.
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Meu estranho editor
FanfictionKirishima sempre foi apaixonado pelas Light novels de um certo escritor. Ele jamais imaginou que poderia trabalhar para o mesmo algum dia, como seu editor. O mais surpreendente nisso tudo para Eijiro, foi descobrir a verdade sobre como seu ídolo rea...