JJá haviam se passado algumas semanas após o dia do cemitério; finalmente Midoriya havia retornado ao seu normal, e, consequentemente, feito uma amizade ainda mais forte com Kirishima. Ambos discutiam sobre sua nova novel que seria lançada em breve:
— Eu só digo isso: se for para fazer um final merda, que mate os personagens e diga que é o fim da obra – Izuku disse enquanto bebericava seu café expresso.
— Credo, Deku. Sei que muitos finais de obras de grandes prestígios são um pouco decepcionantes, mas isso é ser extremista! – rebateu Kirishima.
Continuaram conversando até que diversas batidas fossem deixadas na porta, assustando-os.
— Deku maldito! Você pensou que ignorar todos os meus e-mails e telefonemas seriam o suficiente para fazer eu esquecer da sua existência pro resto da semana?! – Ochaco berrava enquanto dava diversos chutes na porta de alumínio.
Kirishima foi abrir sem entender nada enquanto Midoriya se escondia em seu quarto.
— NÃO ABRA, KIRISHIMA! ELA VAI ME MATAR! – exclamou, escondendo-se embaixo da cama.
Eijirou ficou parado encarando a porta, sem saber o que fazer; alguns minutos depois, a mesma fora forçada, revelando uma mulher completamente ofegante e vermelha.
— Seu escritor de merda! Pensa que pode estourar o prazo dessa maneira? – empurrou Kirishima para longe e foi em direção aos acentos de Deku. Sabia que não iria poder tocá-lo, mas nada lhe impedia de arremessar coisas e desferir palavras de baixo calão ao novelista.
Uraraka ficou parada em frente a cama, pensativa; tempo passado, ergueu a mesma com as mãos, apavorando Eijirou e assustando Izuku, que saíra correndo de debaixo do móvel para ir até as pernas do editor.
— ME PROTEGE, KIRISHIMA! – suplicou —, NÃO A DEIXE FURAR O MEU BRAÇO COM O SALTO NOVAMENTE!
— NOVAMENTE?! – gritou Kirishima, desesperado.
A chefe saiu do quarto com seus saltos vermelhos em mãos, contudo, ao ver a cena da sala de estar, acabou se acalmando; não imaginava que Eijirou estivesse progredindo bastante em relação ao menor, todavia a situação em que os mesmos se encontravam acabou acalmando seu coração.
Mesmo sendo amiga de infância de Midoriya, por conta do seu estilo de vida corrido, nunca conseguiu se aproximar tanto dele, mas isto não impedia que ambos se amassem profundamente, contudo ainda existe um muro que separava os dois; talvez, no futuro, o muro pudesse ser quebrado.
Quando a situação se acalmou, Eijirou pediu licença e fora arrumar um chá para a mulher descabelada que se residia atirada na poltrona da sala.
— Midoriya, você não é disso! O que aconteceu para estourar o prazo neste estado? – Uraraka perguntou de forma calma.
— Eu... eu não tenho inspiração para a cena; não sei como descrevê-la – admitiu
— Ahh, sério? E você sabe o porquê? – apoiou a cabeça na palma da mão.
— Não faço ideia... – balançou a cabeça, triste.
— É PORQUE VOCÊ NÃO SAI DE CASA, SEU NOVELISTA DE MERDA! – gritou. — CHEGA! Você vai viajar amanhã mesmo! – pegou seu celular e começou a escrever rapidamente —, e vai me entregar a droga do manuscrito pronto até segunda-feira e essa porcaria será publicada na sexta que vem!
Izuku suspirou, concordando com a amiga. Sabia que não podia fazer àquilo que estava fazendo e que seus leitores estavam ansiosos para a próxima obra que era para ter saído mês passado.
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Meu estranho editor
FanficKirishima sempre foi apaixonado pelas Light novels de um certo escritor. Ele jamais imaginou que poderia trabalhar para o mesmo algum dia, como seu editor. O mais surpreendente nisso tudo para Eijiro, foi descobrir a verdade sobre como seu ídolo rea...