Em meio à diversos desafios, Kirishima finalmente estava completando uma semana de trabalho. Ochaco lhe deu uma chave do apartamento do pequeno para que não o incomodasse e também lhe pediu para que o acordasse antes das nove horas, porque neste horário eles teriam uma reunião via Skype.
O maior chegou com algumas comprar que havia feito no supermercado para se certificar de que teria almoço para o ídolo, e, após guardar tudo, se dirigiu então até o quarto de Midoriya. Ao abrir a porta, o cheiro de mofo e roupas sujas invadiam suas narinas, fazendo-o tossir um pouco por conta do pó acumulado.
— Como ele consegue dormir assim? – questionou, tampando o nariz.
Pegou um apito que havia comprando em uma lojinha qualquer e assoprou, fazendo o som ecoar naquela caverna escura e fedorenta.
— Que porra é essa? – Midoriya sentou-se de sobressalto na cama, esfregando os olhos. Seu cabelo parecia um ninho de rato.
— Olha, você tem uma reunião com Uraraka em exatamente... – olhou para o pulso onde habitava seu relógio —, uma hora. Como eu não posso te tocar, essa foi a maneira mais fácil que encontrei para te acordar! Fantástico, não?
— Aquela vaca! Mal dormi à noite escrevendo os exemplares para ela e agora sou acordado assim – resmungou indo em direção ao banheiro.
Eijiro avaliava a situação do quarto canto por canto; acabou soltando um suspiro ao imaginar em como limparia todo àquele lixo. Acabou passando a semana passada toda focando em limpar os outros cômodos que acabou esquecendo que precisaria limpar este também.
Depois de longos 15 minutos, Izuku saiu do banheiro parecendo outro rapaz; os cabelos estavam molhados e a franja estava jogada para trás, todavia sabia que esta secaria em pouco tempo e logo voltaria a lhe atrapalhar.
Kirishima foi até a cozinha preparar o café da manhã do garoto inexpressivo; estava feliz porque o menor havia finalmente ganhado alguns quilinhos após sua chegada. Depois da refeição, fizeram seus agradecimentos e ambos foram para seus afazeres: Midoriya para frente do notebook e Eijiro a procura de algum saco de lixo. Havia pedido para Izuku para limpar seu quarto, e este, por milagre, aceitou sem reclamar.
Foi até as janelas em passos apressados; assim que a abriu, o ar parecia se movimentar, fazendo o cheiro podre sair aos poucos. Direcionou os olhos para os dois grandes armários existentes ali; se perguntava o porquê de dois.
E, para saciar sua curiosidade, foi até eles, abrindo-os em seguida; encontrou apenas uma camiseta aleatória e um terno. O resto das roupas estavam espalhadas pelo quarto, sujas. O outro armário era um repleto de prêmios que o menor havia ganhado por conta de sua carreira; se perguntava: por que em um armário de madeira?
Resolveu limpá-los e consequentemente, acabava tirando tudo o que encontrava no caminho, seja roupas sujas até manuscritos incompletos. Pegou um que era intitulado "obra inicial – primeiros detalhes" e colocou a mão sobre a boca para evitar o grito histérico; aquela era a primeira obra que o ídolo havia publicado, e ainda na primeira versão! Queria tanto ler, mas não invadiria a privacidade do outro desse jeito, então apenas se levantou indo até o mesmo que ainda esperava a reunião começar.
— Hm, Midoriya, eu encontrei alguns manuscritos... O que faço com eles? – perguntou, agarrado aos papéis.
— Jogue fora – respondeu, sem encarar o maior.
Kirishima arqueou a sobrancelha e ficou em uma pose rígida, fazendo Izuku soltar uma risada baixa.
— Você sabe quanto vale essas coisas? – colocou uma mão na cintura, encarando Midoriya. — São muito preciosos!

VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu estranho editor
FanfictionKirishima sempre foi apaixonado pelas Light novels de um certo escritor. Ele jamais imaginou que poderia trabalhar para o mesmo algum dia, como seu editor. O mais surpreendente nisso tudo para Eijiro, foi descobrir a verdade sobre como seu ídolo rea...