Capítulo 17: Perdidos

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Heyoon

Noah e Josh saíram a um tempo, foram encontrar com o possível comprador para a fazenda. Eu tenho que encontrar Sina, a dois minutos ela me mandou mensagem dizendo que estava na recepção da construtora.

- desculpa o atraso, eu tava terminando de deixar uma papelada pronta para o Josh amanhã.

Sina: tudo bem, eu tava aqui conversando com o João. - João é o recepcionista, ele quem permite ou não a entrada das pessoas nos outros setores.

- boa tarde João, vamos?

Sina: ah sim, eu pensei na gente ir para a cafeteria daqui do lado, dizem que eles servem o melhor capuccino da região.

- eu ja provei, e é ótimo. - Seguimos en direção a cafeteria, Sina me falou mais sobre o Noah, falou que ele teve um relacionamento não muito bom. Eu diria que a gente foi um encontro de almas, eu também sai de um relacionamento parecido.

Chegamos a cafeteria e pedimos nosso capuccino. Sentamos em uma mesa para esperar o pedido ser entregue.

- me conta mais sobre você, eu acho que já sei muito do Noah.

Sina: é, verdade. Bom, não tem muito pra falar sobre sim, só que eu tenho 25 anos, faço faculdade de culinária, e moro com a pessoa mais estranha do mundo.

- Josh também é estranho, você acredita que no Nono ano, ele levou pra feira de ciências um projeto sobre masturbação? E ainda achou a coisa mais normal do mundo. - nós rimos.

Sina: meu Deus, não é atoa que o Noah tem um penhasco por ele.

- penhasco?

Sina: sim, quedinha seria pouco.

- eu mandei os dois pra bem longe da cidade, talvez não voltem hoje. - falei rindo maliciosa.

Sina: o que você aprontou? - ela me olhou parando de rir.

Noah

Estávamos a quase meia hora dentro desse carro e Josh ainda não deu uma palavra.

Josh: eu queria te agradecer novamente, por ter aceitado entrar na brincadeira com a minha mãe

- não foi nada, já falei. Seus pais são legais.

Josh: e, desculpa, por ter te provocado a tarde toda.

- tudo bem, eu teria parado se não tivesse gostando.

Josh: ah, então você tava gostando? - ele me olha com um sorriso malicioso.

- assim, eu acho que você deveria olhar pra estrada, e não pra mim. Eu não planejo morrer agora.

Josh: ta bom então, mas assim... - ele leva uma de suas mãos até a minha coxa e aperta.

- a gente ja ta chegando? - me arrumo no banco do carro e ele volta a mão no volante.

Josh: daqui a pouco, mas eu acho que a gente vai dar viagem perdida.

- porquê?

Josh: se você não percebeu a estrada é toda esburacada, o caminho é longe da cidade, óbvio que ninguém vai querer comprar essa fazenda. - o carro para de repente e nos assustamos.

- o carro não atolou não né?

Josh: eu acho que sim. Fica aí.

- pra onde você vai?

Josh: vou tentar empurrar

- e porque eu não posso empurrar?

Josh: não sei, você quer empurrar?

- não

Josh: então fica aí, e da partida quando eu mandar. - assinto e ele sai do carro. Em alguns minutos sinto o carro se mover aos poucos, ele é forte.

Josh: DÁ A PARTIDA. - Ouço ele gritar e assim faço, sinto o pneu do carro escorregar e ouço barulho de lama, o carro sai do canto e eu paro.

- deu certo. - sai pra fora e vejo Josh cheio de lama. - desculpa, eu não vi que você tava sujo.

Josh: tudo bem, só vamos embora. A fazenda fica logo ali na frente.

- mas você vai assim? - aponto para seu terno sujo de lama.

Josh: não tem o que fazer, é o jeito.

Voltamos pro carro e ele dá partida novamente, em alguns minutos chegamos a tal fazenda, o que a Heyoon tava pensando quando mandou a gente pra esse fim de mundo? O lugar era horroroso, mato pra todo lado, uma casa grande no centro porém toda velha, se tiver bicho lá dentro eu não duvido.

Josh: ninguém vai querer comprar isso, definitivamente.

- ótimo dia pra trabalhar como construtor.

Josh: vamos voltar pra empresa e avisar que isso daqui não deve ser vendido. - íamos voltar para o carro quando começou a chover e corremos para o carro.

- vamos pra casa agora. - ele sai com o carro e logo a frente caímos em outro buraco.

Josh: AAAAA EU JURO QUE QUANDO CHEGAR NA CIDADE EU VOU MANDAR DERRUBAR ESSA CASA.

- Calma tá, vamos... Tentar tirar o carro de novo. - ele olha pelo retrovisor pra ver o tamanho do buraco.

Josh: esse buraco é maior, a chuva deve ter alargado ele.

- e o que a gente faz agora?

Josh: tenta ligar pra Heyoon, eu vou tentar o reboque. - pegamos o celular e discamos, coloco o celular na orelha mas não chama.

Josh: essa bosta dessa região não tem sinal.

- calma boca suja, tenta de novo.

Josh: não dá, vamos ter que voltar correndo para aquela casa vagabunda e esperar a chuva passar pra procurar um sinal de celular.

- eu nao quero entrar naquela casa.

Josh: você prefere ficar aqui sozinho e esperar um animal selvagem te atacar? Tá escurecendo.

- pensando bem, é melhor ir para a casa.

Josh: no três a gente desce, fecha a porta e corre, tá? - assinto e ele conta até três, tiramos os sapatos e pegamos as coisas, descemos do carro e fechamos a porta, corremos em direção a casa velha, por um descuido sinto pisar em um buraco e acabo caindo.

Josh: sério Noah?

- aí, meu pé tá doendo. Eu acho que torci o tornozelo. - droga.

Josh: Segura. - ele me dá a pasta dele.

- o que você vai fazer? - ele se aproxima e me pega no colo. Agarro em seu pescoço por um impulso com medo de cair.

Josh: so não me mata sufocado. - ele anda em passos rápidos em direção a casa. Chegamos a casa e ele me senta na varanda.

Josh: fica aí, eu vou ver se tem algum bicho lá dentro.

Ele entra na casa velha e em alguns minutos volta com uma vela na mão.

- onde você conseguiu isso?

Josh: la dentro não é tão ruim, segura. - ele me dá a vela e me pega no colo novamente. Entramos na casa e ele me coloca em uma poltrona.

Josh: eu vou ver se tem algum banheiro que preste pra você tomar um banho e colocar as roupa pra secar. Ele sai andando pela casa com a lanterna do celular ligada e eu fico na sala sentado com uma vela na mesinha de centro.

🔒*:.。*:゚・♡ Strange Love ♡・゚:*。.:*🔒

N/A

Capítulo grande, então até segunda.

Desculpa qualquer erro. 😘😘

𝕊𝕥𝕣𝕒𝕟𝕘𝕖 𝕃𝕠𝕧𝕖 - ℕ𝕠𝕤𝕙 (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora