Chapter 3 - Biboca Diagonal

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- Bom dia, Ma Belle. – Tom disse alto e começou a me sacudir na cama, me fazendo resmungar irritada. – Acorda, eu quero conhecer o Biboca Diagonal logo!

- É Beco Diagonal, não Biboca. Agora sai daqui, eu quero dormir. – Eu murmurei, tampando minha cabeça com o cobertor.

Tom puxou as cobertas de cima de mim e puxou meu braço, tentando me fazer levantar. Eu bufei quando vi que ele havia conseguido e agora me empurrava em direção ao meu guarda-roupa. Eu o encarei, vendo que ele estava todo sorridente, e dei risada. Peguei um conjunto de roupas para sair e fui até o banheiro do orfanato.

Assim que já estava pronta, puxei Tom para irmos até o beco diagonal, lembrando das centenas de vezes que meus pais haviam me levado aqui. Meu coração se apertou com as nossas memórias aqui, eram poucos os momentos em que meus pais eram legais comigo. Pisquei várias vezes para espantar as possíveis lágrimas e segurei a mão de Tom quando entramos no bar, os olhares dos velhos que estavam no bar recaíram sobre nós, me fazendo estremecer. Tom apertou minha mão, me passando segurança. Eu o puxei até a parede de pedras e Tom me encarou confuso.

- O que faremos agora? Eles devem ter fechado a entrada. – Sua feição murchou. Eu sorri, lembrando que eu havia dito a mesma coisa para meus pais.

Toquei na ordem correta de pedras, que logo se afundaram e se mexeram para o lado, abrindo caminho para a rua lotada de crianças. Já era de se esperar que os alunos estivessem comprando seus materiais, visto que as aulas começariam amanhã. Só de lembrar isso já sinto meu estômago se revirar.

Olhei para Tom, que estava admirado com as diversas lojas e pessoas andando de um lado para o outro. Eu o puxei para ir até o Olivaras, onde pegaríamos nossas varinhas. Tom me cutucou e apontou para uma mulher que estava fazendo seus objetos voarem atrás dela, ele realmente estava encantado por tudo, eu sorri por vê-lo assim.

- Bom dia. – Eu cumprimentei o velho homem que estava analisando algumas varinhas. Ele olhou para nós e sorriu, vindo em nossa direção. – Gostaríamos de comprar nossas varinhas.

- Olá, meus jovens. - Ele parou em nossa frente, nos analisando. – Você. – Ele apontou para mim. Tom estreitou os olhos e continuou segurando minha mão, seu corpo tenso. – Tenho a varinha perfeita para você. – Ele saiu e voltou com um compartimento de 30 centímetros e uma varinha do mesmo tamanho dentro. A varinha era de uma madeira branca com uma faixa prata e fina subindo em forma de espiral até a ponta, a faixa era cravada na madeira. - 29 centímetros. Núcleo de fibra de pena de fênix e feita de espinheiro-branco, os bruxos com varinhas desse tipo tendem a ser mais... conflituosos. Esse tipo de varinha é bem poderosa. – Ele deu risada. – Vamos, experimente! – Ele me estendeu a varinha. No momento em que meus dedos a tocaram, uma energia subiu pelo meu corpo, balançando meus cabelos e minhas roupas, me fazendo sorrir. – De primeira! – Ele exclamou, feliz. – Agora você. – Olivaras apontou para Tom, que me olhou com receio. Eu sorri, mostrando que estava tudo bem.

Olivaras foi em direção às caixas novamente e voltou com uma do mesmo tamanho que a minha, porém, a varinha de Tom era escura, negra como a noite, e com uma esfera pequena e transparente no começo da varinha, encravada na madeira. Ela era fina, assim como a minha.

- Feita de madeira de cerejeira e núcleo de fibra de coração de dragão, também é bem poderosa. – Quando Tom tocou na varinha, observei a mesma energia atingir ele e bagunçar seus cabelos. Dei uma risada discreta com isso. – Duas varinhas de primeira em um dia só. Estou ficando bom nisso. – Olivaras pegou nossas varinhas e foi até o balcão. – 5 galeões, crianças. – Eu puxei a quantidade necessária de galeões do bolso e dei para Olivaras, que agradeceu e nos entregou as varinhas. – Tenham um bom dia.

Possessive || Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora