Chapter 8 - Novas sensações

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Já aviso que daqui pra frente é só ladeira abaixo.
Que comecem as putarias!




Na manhã seguinte, me espreguicei antes de abrir os olhos, gemendo de satisfação e logo bufando por ter que levantar. Eram quase 07:00 e eu já tinha que acordar, mas o frio intenso das masmorras e minha cama quentinha não me deixavam sair.

- Bom dia. – Eu ouvi a voz de Tom e me sentei na cama com os olhos arregalados rapidamente.

- O que está fazendo aqui? – Eu o encarei. Tom estava sentado na poltrona do meu quarto com as pernas cruzadas e com o cotovelo apoiado no joelho. Ele apoiou uma das cabeças na mão e me olhou com um pequeno sorriso.

- Eu sempre faço isso e você nunca se importou. – Tom realmente sempre costumava me acordar de manhã ou ficar me observando antes de eu acordar, eu sempre gostei disso, até.

- Bem... agora é diferente. – Eu me tampei ainda mais com o cobertor, desviando os olhos para minhas mãos.

- Por que? – Ele sequer se moveu. Tom conseguia me intimidar até parado.

- Somos adolescentes, Tom. – Meu cérebro não pensou direito antes de dar a resposta: - Eu posso estar dormindo nua por debaixo das cobertas algum dia. – Eu dei de ombros, o peso da frase só me atingindo agora. Pude ver Tom tentar conter o sorriso ao me ver roxa de vergonha.

- E porque isso seria um problema? – Eu sentia que eu iria explodir se ele continuasse com essas perguntas.

- Bem... você me veria... nua. – Eu fiz uma careta ao imaginar a situação, mas não posso mentir que senti uma leve esperança e adrenalina dentro de mim.

- Ainda estou procurando onde há problema nisso, Ma Belle. – Ele encostou suas costas na poltrona e continuou me analisando.

- Ora, somos melhores amigos, mas podemos deixar nossas intimidades cobertas um do outro. – Eu tentei desviar da conversa com um sorriso e me levantando, indo até o guarda-roupa ao lado dele. – Aliás, achei que você estivesse irritado comigo.

- Por que eu estaria? – Ele pareceu incomodado com o assunto, estreitei meus olhos para ele ao saber que algo estava errado.

- Porque... – Eu parei na frente dele com os braços cruzados, vendo ele desviar os olhos. – Você me chamou de "Angel" ontem. Você não me chama de Angel há anos. A não ser...

- Eu descobri algo sobre minha mãe. – Ele suspirou. Eu arregalei meus olhos, meus lábios se esticando em um sorriso automaticamente.

- Eu sabia que havia alguma coisa te incomodando! – Eu andei de um lado para o outro na frente dele. – Como ela era? Era bonita? Ela deveria ser belíssima! – Tom respirou fundo, acariciando suas têmporas. - E então, o que descobriu?! – Me ajoelhei na sua frente, o olhando esperançosa e ansiosa pelo que viria, mas Tom parecia aborrecido. Eu estava mais animada que ele, pelo visto.

- Ela era uma Gaunt. – Eu franzi a testa, disso nós já sabíamos. – Ela era neta de Corvino Gaunt, que era bisneto de Gormlaith Gaunt, filho de Salazar Slytherin. – Eu parei de mover minha perna, que estava se balançando em sinal de ansiedade, e o encarei com a boca entreaberta. – Eu sou descendente de Salazar.

Eu abri e fechei a boca diversas vezes, mas nada saia. Eu estava paralisada pela notícia, mas logo recuperei o controle do corpo.

- Isso é incrível! – Eu me levantei e o observei, ele ainda parecia incomodado com algo. – Tom...?

- Ela era descendente de Salazar Slytherin e ainda assim morreu simplesmente?! – Ele se levantou da poltrona irritado, passando por mim e andando de um lado para o outro no quarto. – Ela era fraca!

Possessive || Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora