Chapter 39 - Trabalho

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gente, eu comecei a imaginar o Tom Riddle na aparência do bonitão aí da mídia. Se vocês não gostarem e preferirem o original, tudo bem, podem imaginar o Tommy normal nessa fic. Mas só para vocês saberem que eu imagino ele assim KKKKKKK (gente, ele é A CARA do Tom Riddle com 18/19 anos, não é possível)









Enquanto eu corria pelos corredores da casa de Emma e Gabriel, Fleamont me perseguia. Eu já sentia meus pulmões ardendo em busca de fôlego e minhas pernas tremendo de pavor. Ninguém viria me salvar? Onde estavam as pessoas que eu amava nesse momento? Onde estavam Emma e Gabriel quando Fleamont agarrou meu braço e me puxou para o primeiro quarto que viu? E Dumbledore? Ele não sabia de absolutamente nada que acontecia comigo naquela casa? Foi exatamente naquela hora que eu percebi: eu teria que aprender a me defender sozinha. Sem nunca precisar que outra pessoa venha e me salve. Se eu esperasse, eu morreria. Fleamont apenas não fez coisas piores comigo pois meu instinto agiu corretamente, lhe dei um belo e forte chute no meio das pernas e voltei a correr. Dessa vez, me trancando em meu quarto até que Emma e Gabriel chegassem.

Essas eram as memórias que eu tinha. Somente com 8 anos de idade.

Abri meus olhos devagar e observei o teto. Senti uma lágrima escorrer pela lateral do meu rosto, descendo lentamente até meu lóbulo. Eu senti uma mão sob a minha, uma mão maior e gelada que se entrelaçou com meus dedos. Olhei para o lado e vi Tom ainda dormindo. Eu sorri. Um sorriso triste e confuso.

Tirei minha mão da dele e me levantei com cuidado, me dirigindo até o banheiro. Eu me olhei no espelho por um segundo e logo desviei o olhar, fingindo não me afetar pela pessoa que vi no reflexo. Aquela não era eu. Olheiras, lágrimas, uma feição de tristeza que insistia em marcar minha pele... Eu havia esquecido como eu me parecia sorrindo. Apesar de forçar uma risada todas as vezes que Tom fazia alguma piada, não era real. Essa, definitivamente, não era eu. Eu queria ser feliz de novo, mas não sabia como.

Me forcei a parar de pensar e fiz minhas necessidades, voltando para o quarto após terminar. Eu peguei meu uniforme do trabalho no guarda-roupa e coloquei rapidamente. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e puxei alguns fios abaixo da orelha, deixando-o elegantemente bagunçado. Eu me virei e percebi que Tom dormia tranquilamente, ainda. Fui até ele e acariciei seu rosto cuidadosamente. Ele estava diferente. Seu rosto estava mais sombrio e com aspecto de cadáver, mas ainda o deixava atraente até demais. Suas bochechas estavam levemente fundas, assim como suas olheiras. Ele estava mais magro, parecia ter perdido, no mínimo, uns 10kg. Franzi a testa levemente, me perguntando o que poderia estar acontecendo com ele.

Quando olhei no relógio, vi que já era quase 06:30 da manhã. Me apressei em sair dali e ir em direção ao trabalho. Eu havia conseguido pegar meio expediente em uma loja de chapéus no centro da cidade. O lugar era perigoso pela quantidade de ladrões e bandidos que matavam e roubavam por causa da crise econômica do país. Eu estava receosa, pois não podia usar magia fora de Hogwarts. Ainda mais contra os trouxas.

Assim que cheguei na Lock & Co. Hatters, cumprimentei a dona da loja e me direcionei para meu posto. Tracy, uma das atendentes, foi até a porta e virou a placa informativa, anunciando que a loja já estava aberta. Eu suspirei, percebendo que a manhã seria longa.

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Quando voltei para o orfanato, cansada do trabalho, eu fui direto para meu quarto, ignorando completamente os anunciados da cozinheira dizendo que o almoço estava pronto. Fechei a porta com força e me direcionei para o banheiro, sem me importar em fechar a porta. Me despi devagar e entrei no box, ligando o chuveiro e colocando na temperatura quente. Eu suspirei de satisfação enquanto a água relaxava meus músculos. Me virei e deixei que as gostas quentes caíssem em minhas costas e molhassem meu cabelo. Após o processo de limpeza em meu cabelo, eu esfreguei meu corpo e logo retirei o excesso de espuma, desligando a água e já sentindo a falta do calor dela. Saí do box e peguei duas toalhas, prendendo uma em meus cabelos e enrolando a outra em meu corpo. Eu saí do banheiro e olhei para a cama, pensando que talvez, só talvez, eu poderia deitar um pouquinho para descansar, e então eu me levantaria para colocar alguma roupa. Fui na direção da cama e me deitei no colchão, sentindo uma dor imensa nas costas. Eu respirei fundo e fechei meus olhos, mentalizando que eu não iria dormir, apenas descansar.

Apenas descansar, não dormir... Foi a última coisa que eu pensei antes de dormir.

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Senti uma mão alisar meu braço e subir para meu ombro, passando os dedos gentilmente pela minha clavícula e subindo para o pescoço, parando em meus lábios. A sensação era boa. Eu abri meus olhos lentamente e me assustei quando vi Tom parado ao meu lado, seus olhos devorando meu corpo quase nu. Eu havia me mexido e soltado uma pequena parte da toalha, que se abriu. A lateral direita do meu corpo estava exposta, a toalha cobrindo apenas as partes essenciais.

- Se não estivesse dormindo, pensaria que está me provocando. – Tom falou comigo pela primeira vez hoje. Eu pigarreei e puxei a outra parte da toalha, me cobrindo devidamente.

- Eu estava apenas descansando, não dormindo. – Eu me levantei e fiquei de frente para ele. Seu corpo estava tão perto do meu que eu podia sentir sua respiração bater contra minha pele, me arrepiando. Eu dei alguns passos para o lado e virei meu rosto corado. – Já almoçou?

- Sim. – Ele disse, pude sentir que ele estava vindo até mim.

- Comeu bastante? Você está muito magro. – Eu disse sem saber direito o que saía de minha boca, eu estava concentrada em não gaguejar e nem ficar nervosa.

- Para ser sincero, ainda estou com fome. — Tom disse baixo. Eu engoli em seco, sabendo que ele não estava falando de comida. Eu puxei o primeiro pijama que vi e me virei para ele rapidamente, forçando um sorriso.

- Vá na cozinha e peça para Maria lhe dar o meu almoço, eu não irei comer. – Desviei dele e andei na direção do banheiro, fechando a porta antes que ele dissesse algo. Eu suspirei baixinho e tirei a toalha do meu corpo e do meu cabelo, colocando meu pijama sem pressa. Pude ouvir a porta do quarto batendo, indicando que ele estava irritado. Eu não o julgava nesse quesito, Tom sabia que eu estava estranha, mas, certamente, não sabia o motivo.

Quando saí do banheiro, olhei para o quarto vazio e senti meu coração se apertar levemente. Fui na direção da cama e decidi dormir novamente. Dessa vez, de maneira apropriada. Me deitei e cobri meu corpo inteiro, pensando nos diversos motivos que poderiam levar Tom à emagrecer tanto daquela maneira. Que eu me lembre, ele sempre estava com o peso superior à 80kg, e agora parece que ele está abaixo dos 70kg. Isso me preocupa muito. Até os olhos de Tom estavam diferentes. Pareciam mais vermelhos e escuros do que o normal. Isso me lembrava quando percebi que até os meus olhos estavam com uma coloração avermelhada. Eu deveria pesquisar sobre isso, mas não agora. Nesse momento, eu só precisava dormir. E foi exatamente o que eu fiz.






desculpa o cap curto, juro que ainda hoje sai mais :)

como estão, meus guerreiros e guerreiras? Juro que hoje eu respondo de volta.

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Possessive || Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora