"Família"

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Oi, pessoal! Como estão? Eu não costumo postar no final de semana, mas em agradecimento pelos 1k de leitura, tô postando um cap hoje. Muito, muito obrigada por tudo!!

Atualizei a capa tbm, o que acharam? Gostaram da cara nova?

Boa leitura! 🦋❤️

POV MÁRCIA

Acordo por volta das 6:00h da manhã com uma carícia em meus cabelos. Abro os olhos lentamente me acostumando com a claridade e vejo Inês deitada de frente pra mim com um sorriso nos lábios.

- Bom dia, linda! - Ela beija minha testa.

- Bom dia. - Sorrio para a entidade.

- Dormiu bem?

- Nunca tinha dormido tão bem em toda minha vida! - Ela solta uma gargalhada. - É sério, Inês. Com você aqui eu me sinto muito melhor, mais segura.

- Que bom, sweetie. - Ela acaricia minha bochecha.

- Preciso preparar o café e acordar Maia pra escola. - Digo me levantando.

- Já me adiantei, passei na padaria e fiz café. Maia está no banho.

- Obrigada. Então eu vou tomar banho também. - Vou em direção ao banheiro.

- Te espero na cozinha!

Abro o chuveiro e deixo a água quente cair sobre meu corpo. Escovo meus dentes e lavo meus cabelos. Saio do banheiro enrolada em uma toalha, seco os cabelos e vou até meu armário, pego as mesmas roupas de sempre: uma calça jeans, uma regata branca e uma jaqueta. Me visto e vou para a cozinha.

Me deparo com a cena de Inês fazendo... Tranças no cabelo de Maia?

- Bom dia, mamãe Marcy!

- Bom dia, princesa! - Vou até ela e deposito vários beijos no rosto da menina.

- Ei, eu também quero! - Inês se queixa e eu deixo um selinho em seus lábios.

- Então a Cuca sabe fazer tranças? Dessa eu não sabia! - Brinco.

- Há várias habilidades minhas que você não conhece, baby.

- Adoraria conhecer todas elas... - Mordo meu lábio inferior.

- Gostou, mãe Marcy? - A menina mostra o resultado das tranças boxeadoras.

- Você está linda, meu amor! - Sorrio para ela.

- Agora vamos comer pra vocês não se atrasarem! - Diz Inês sentando-se.

Tomamos café da manhã em meio a risadas e conversas aleatórias.

Há dias atrás, eu não tinha nada. Minha rotina era suportável, mas super chata e entediante: de casa pro trabalho e do trabalho pra casa. Mas essas duas... Aaah, essas duas! Mudaram completamente minha vida! Sei que não sou uma entidade e nem tenho poderes como elas, mas faria de tudo e mais um pouco para as defender de quem quer que fosse. Se alguém chegasse pra mim há um mês atrás e me dissesse que eu seria mãe e que teria finalmente uma família, certamente o chamaria de louco. Ok, ok... Eu e Inês ainda não nos titulamos, vamos se dizer assim. Não assumimos nada. Mas elas são o que eu pensei que nunca teria na minha vida... Uma família. E por elas, eu daria até mesmo minha própria vida!

Saio dos meus pensamentos quando vejo Inês sorrindo pra mim. Espera, ela está lendo meus pensamentos?

A bruxa me dá uma piscadela e eu entendo que sim. Sorrio de volta.

- Filha, vai calçar seu tênis e pega sua mochila no quarto. - Diz Inês tirando a mesa do café.

- Tá bom, mamãe. - Ela sai correndo para o quarto.

- Tudo pronto, sweetie? Já preparou suas coisas?

- Já sim. Vai fazer o quê hoje, Inês? - Pergunto para a bruxa.

- Vou passar na vila Toré, ver como estão as coisas por lá.

- Aconteceu alguma coisa? - Eu já estava preocupada.

- Não, nada. Não precisa se preocupar, meu bem. - Ela sorri para mim.

- Certeza?

- Não é nada, meu amor.

- Você me abala as estruturas me chamando assim, sabia? - Me aproximo dela abraçando sua cintura.

- Ah, é? Que bom saber disso...

Suas mãos vão para minha nuca e começamos um beijo lento, mas cheio de desejo. Sua língua pediu permissão para entrar e eu cedi. Minhas mãos deslizavam sobre o corpo de Inês. Cessamos com selinhos quando o ar se fez necessário.

- Mamãe, tô pronta! - Maia aparece já vestida com seu uniforme e de mochila nas costas.

- Ótimo. Podemos ir?

- Vou só pegar minha bolsa. - Digo indo em direção ao meu quarto.

Deixamos Maia na escola, que não ficava muito distante de casa e nem do meu trabalho. Quis dar uma carona pra Inês até a vila Toré, mas a entidade se negou, então segui para a DPA.

Mal ponho os pés no local e já ouço o infeliz do meu chefe me chamando.

- Guedes, na minha sala, agora!

- Haja paciência pra aguentar isso aqui, viu. - Digo para mim mesma e dou um longo suspiro.

Assim começo mais um dia de trabalho. 

No Que Me Transformei (MARINÊS)Onde histórias criam vida. Descubra agora