"Início de uma guerra"

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POV NARRADOR

~ Departamento da Polícia Ambiental (DPA) ~

- Guedes! Albuquerque!

Ivo chama os dois agentes que logo aparecem em sua sala. O delegado faz um sinal com a mão para que eles se sentem.

- Acabaram de ligar lá da Vila Toré, informando que encontraram vários corpos de animais mortos na Floresta do Cedro. Tanto peixes, quanto aves, e alguns mamíferos também.

- Mas o que aconteceu? - Pergunta Albuquerque.

- Primeiro pessoas e agora animais...? - Márcia pensava alto.

- Ninguém sabe o que aconteceu, os moradores não viram nada. Por isso quero que vão até lá e investiguem se foi proposital, algum tipo de veneno... Estou mandando mais dois agentes com vocês para ajudar.

- Ok. - Márcia e Albuquerque dizem simultaneamente e se levantam.

- Não estão autorizados a interrogar ninguém, só peguem o máximo de amostras que conseguirem para fazer a autópsia.

Os agentes assentem com a cabeça e saem.

~ Empresa Ibirá ~

- Bom dia.

- Como vai, Ivo? - Afonso vai até o homem e lhe dá um abraço amigável.

- Bem, mas, preciso falar seriamente com você.

Ivo se senta em uma cadeira de frente para a mesa de Afonso, o empresário faz o mesmo.

- Sei que vocês estão investigando esse caso dos corpos que surgiram lá na floresta, das pessoas e agora também dos animais. Eu não entendo o que está acontecendo. - Diz Afonso.

- Como sabe dos animais? Isso acabou de acontecer. - O delegado desconfia.

- As notícias correm rápido, meu amigo. Todos já estão sabendo. Mas por que está aqui? Por acaso acha que eu ou a minha empresa estamos envolvidos nisso?

- Dr. Afonso, a Ambiental precisa investigar qualquer ocorrência que possa ter ligação com a disputa da Floresta do Cedro.

- Que disputa?! Essas terras são minhas! Aquelas pessoas não têm o direito de estarem lá. Com o meu empreendimento, aquele lugar estaria muito mais seguro e reservado.

- Se ficar provado que está tudo certo, que não tens nada a ver com tudo o que aconteceu por lá, o senhor não tem com o que se preocupar, não é!?

- Eu nunca faria nada contra minha própria terra. - Afonso finge-se ofendido.

Ivo encarava completamente cismado o homem à sua frente.

- Ah, qual é, Ivo? Está duvidando de mim, cara?

- Você e sua empresa são considerados suspeitos até que se ache o verdadeiro culpado. - Ivo se levanta.

- Eu já disse que não fiz isso! - O empresário se altera batendo na mesa.

O delegado não diz mais nada, apenas faz um sinal com a cabeça e sai. Afonso volta a se concentrar no trabalho, até que a porta é aberta novamente.

- Mas que falta de educação! Você não sabe bater?! - Diz olhando por cima do computador a pessoa que vinha em sua direção. - Quem deixou você entrar?

- Foi você, não foi, seu desgraçado?! - Seu Ciço grita com raiva. - Foi você quem matou aqueles animais!

- Seu Ciço, é melhor o senhor se acalmar. A polícia acabou de sair daqui, não há provas nenhuma contra mim. - Fala baixo, mas arrogante.

No Que Me Transformei (MARINÊS)Onde histórias criam vida. Descubra agora