"Até amanhã!"

835 81 43
                                    

Sexta-feira, 20:45h

POV INÊS

Uma semana havia se passado. Eu ia todos os dias até a Floresta do Cedro para ver como andavam as coisas por lá. Seu Ciço e eu não encontramos mais nenhum corpo, mas havia algo muito errado, tinha algo cercando aquele lugar. Iberê, Eric e Camila sabiam de tudo o que estava acontecendo, estávamos todos em alerta para o que viesse.

Não contara nada para Márcia. Não queria que a policial se envolvesse ou ficasse preocupada, precisava protegê-la.

POV NARRADOR

- Novidades? - Inês pergunta para Márcia enquanto a mesma tira uma lasanha do forno.

- Ivo continua pegando no meu pé, mas isso não é novidade. Ele me interroga todos os dias perguntando sobre Eric, sempre arrumo um jeito de me livrar dele, mas a verdade é que já estou ficando exausta.

- Ele é um idiota! Se quiser, eu posso cuidar dele...

- Não precisa, sweetie. Eu cuido disso. - A policial dá um selinho na entidade.

Durante a semana, não aparecera nenhum caso grandioso. Somente um contrabando de araras, mas a maioria dos agentes estavam mais ocupados procurando por Eric. Mais do que nunca o ex policial tinha que ter cuidado.

- Filha, como vai a escola? - Pergunta a detetive servindo a todas com um pedaço de lasanha.

- Eu já fiz vários amigos, mamãe. A escola é muito legal! - Ela diz sorrindo.

- Que bom que está gostando, meu amor. - Diz Inês.

O celular começa a tocar. Márcia se levanta e pega o aparelho atendendo à ligação.

~ Ligação on.

- Boa noite, Márcia! Tudo bem?

- Boa noite, dona Januária. Tudo bem, e com a senhora?

- Estamos bem, minha filha. Tô ligando para perguntar se, Maia pode dormir aqui em casa amanhã? Luna está muito animada, me pediu isso a semana toda. - Risos.

- Só um minuto.

~ Ligação em espera.

A policial vai até a menina.

- Filha, dona Januária está no telefone perguntando se você quer dormir lá amanhã?!

- Posso mãe Inês? - A pequena entidade pergunta para a mais velha.

Inês não estava tão certa disso. Com tudo o que estava acontecendo na floresta, ela tinha medo da filha ficar longe dela e acontecer alguma coisa. A bruxa não contou para ninguém, mas até na escola vigiava a menina, sempre escondida em forma de borboleta observando tudo o que acontecia. Ela não se descuidaria da filha nem por um só momento.

- Eu não sei, filha. Melhor não.

- Aah mãe, deixa. Por favorzinho...

- É, Inês. Sei que dona Januária vai cuidar muito bem dela! Não tem perigo algum. - Diz a policial.

- Está bem, eu deixo. Mas só se você prometer obedecer e se comportar!

- Prometo! - A menina diz empolgada.

~ Ligação on.

- Dona Januária, a Maia vai com certeza. Está muito animada!

- Que bom! Então até amanhã, filha.

- Até amanhã, dona Januária. Obrigada e boa noite!

~ Ligação off.

POV INÊS

Terminamos de jantar e Márcia foi colocar Maia para dormir enquanto eu lavo a louça.

- Sem paciência pra isso. - Deslizo minhas mãos sobre os pratos sujos e como num passe de mágica estavam todos limpos e guardados em seu devido lugar.

- Sweetie... - Márcia chega por trás de mim me abraçando. - Vai dormir aqui hoje?

- Hoje não. Vou trabalhar essa noite.

- Vai voltar amanhã? - A policial pergunta esperançosa.

- Não sei, acho que não.

Claro que eu não ia ficar tranquila com minha filha dormindo fora de casa. Eu pretendia passar o dia e a noite inteira protegendo ela na casa de Januária. Escondida, é claro.

- Por que? - Ela pergunta frustrada.

- Estou preocupada com Maia.

- Inês, eu já disse que não há perigo algum. Nossa filha vai ficar bem, eu te garanto!

- Está bem.

- Eu estava pensando... - A policial segura minhas mãos e olha nos meus olhos. - Como Maia vai dormir amanhã na casa da dona Januária, a gente podia, sei lá, passar um tempinho juntas... só nós. O que acha?

- O que está tramando, policial? - Sorrio de canto.

- Ah, nada demais. O que me diz?

- Claro, eu venho!

- Que bom! - Ela diz animada.

Levo minhas mãos até a nuca da mais nova e ela segura minha cintura. Começamos um beijo quente e cheio de desejo. As mãos de Márcia deslizavam sobre minhas costas. Cessamos com alguns selinhos.

- Te vejo amanhã, policial. - Falo com a voz rouca provocando-a.

- Até amanhã, sweetie.

Ela me dá um último selinho e eu tomo minha forma de borboleta. Saio pela janela indo para o bar.

-----------------------------------------------------------

O cap de amanhã promete, hein 👁️👄👁️

No Que Me Transformei (MARINÊS)Onde histórias criam vida. Descubra agora