"Um plano"

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POV NARRADOR

- Quê? Afonso, Afonso... Aquele empresário? - Recorda a sereia.

Inês assente com a cabeça.

- Eu preciso avisar a polícia! - Diz Márcia rapidamente pegando o telefone.

A bruxa toma o aparelho da mão da mais nova e arremessa-o para o outro lado do quarto, contra a parede.

- A polícia não pode saber disso, ficou louca? - A Cuca diz alterada.

- Louca é você! Olha só o que você fez, quebrou o meu celular! - A policial pega do chão o aparelho todo estilhaçado. - Eu preciso avisá-los, ou ele não vai parar!

- Eu cuido disso, Márcia. Do que menos preciso agora é da polícia atrapalhando. - Fala em tom sério.

- Inês, você me prometeu que não faria isso sozinha! - A policial grita.

- Desculpa, não posso colocar você em risco, e alguém precisa ficar com Maia.

Antes da mais nova confrontar a bruxa, Camila se posiciona no meio das duas mulheres para evitar uma discussão desnecessária.

- O que vamos fazer, Inês? - A sereia pergunta.

- Pelas minhas conclusões, ele está matando pois quer as terras "dele" de volta, e talvez até se vingar pelo pai. Vamos convocar Eric e Iberê para irmos atrás dele, hoje a noite. Vamos acabar com isso de uma vez por todas!

- Você quer matá-lo? Você acha mesmo que eu vou permitir isso? O mais certo é avisar a polícia, nós vamos achar provas dos crimes dele e prendê-lo! - Diz a detetive.

- E o que vai dizer para eles? Que o Afonso se transforma em uma enorme serpente de fogo e mata os moradores da Vila Toré? - A bruxa diz em um tom sarcástico. - Márcia, a polícia não encontrou nenhuma prova que o incriminasse até agora! Deixa que nós entidades cuidamos disso.

- Inês, me escuta, e escuta muito bem. - A mais nova encarava seriamente a bruxa. - Se você matar aquele homem, pode esquecer de mim para sempre! Eu não vou ficar com uma assassina! - Ela diz séria.

- Ele é um criminoso! Prefere que mais gente inocente pague por isso?

- Você não pode fazer justiça com suas próprias mãos!

- Se eu não fizer isso, ele vai continuar matando, Márcia. - A mais velha se altera novamente.

- Tem que ter outro jeito! - Exclama a policial.

- Não há outro jeito! Eu vou fazer isso você gostando ou não. - Dá de ombros.

- Então pode esquecer de mim, eu não vou fazer parte disso! Fique bem longe de mim e da minha filha. A Maia não merece uma mãe assassina! - A mais nova diz firme, mas com um aperto no coração.

- Você não vê? A Maia sentiu toda a dor da terra, ela está doente por culpa daquele desgraçado! Eu não posso mais permitir isso! - A bruxa diz ríspida.

- Parem de discutir, por favor. Não vamos chegar a lugar nenhum assim! - Diz a sereia. - Márcia, não tem outro jeito...

- Eu jamais vou apoiar isso! Se você fizer, já sabe. Me perde pra sempre! - Fala olhando para a bruxa.

Márcia se aproxima da cama e pega Maia no colo.

- Pra onde vai levá-la? - Inês pergunta.

- Vou com a minha filha para casa. - Responde sem olhar para a mais velha. - Camila, me ajuda?

A sereia olha espantada para a Inês. A bruxa apenas faz um sinal com a cabeça em aprovação.

- Camila, vou me reunir com Eric e Iberê para atualizá-los de tudo. Quando você terminar, vá para lá, estaremos te esperando.

No Que Me Transformei (MARINÊS)Onde histórias criam vida. Descubra agora