No Que Me Transformei (MARINÊS)

" Início de um sonho..."

POV INÊS

No dia seguinte, sou a primeira a levantar da cama. Pego umas roupas em minha mala e sigo para o banheiro. Tomo um banho quente e relaxante. Quando volto para o quarto, Márcia já estava acordada mas ainda deitada na cama.

- Bom dia, sweetie. - Ela diz sonolenta e abre um sorriso doce.

- Bom dia, linda. - Vou até ela e lhe dou um selinho. - Tomei liberdade para tomar banho, espero que não se importe.

- Inês, eu já disse que essa casa é sua! Só estou chateada porque você não me esperou pra tomarmos juntas. - Ela faz bico e cruza os braços emburrada.

Solto uma gargalhada.

- Minha bebê... - Deixo outro selinho em seus lábios. - Você fica tão linda assim, sabia?

Nesse momento a porta é aberta e Maia vem correndo em nossa direção e pula em cima da gente.

- Bom dia, mamães! - Ela abre um grande sorriso.

- Bom dia, borboletinha. - Deposito um beijo estalado em sua bochecha.

- Bom dia, minha princesa! Vamos tomar um banho, comer algo e depois...

- Escola. Já sei, mãe Marcy. - Ela abraça Márcia.

- Márcia, eu não estou muito segura disso... - Olho para a policial - E se algo acontecer com ela e eu não estiver?

- Amor, é uma escola, e ela precisa ir. Nada vai acontecer com nossa filha, lá tem os professores, seguranças, ela vai ficar bem, relaxa.

- É, mamãe. E eu sei me cuidar muito bem. - Ela diz convencida.

- De qualquer forma, quero fazer uma coisa. Lembra do meu colar que a Jaci encontrou? - Pergunto para a menina. - Traz ele aqui por favor, filha.

- Tá bem, mamãe. - Ela levanta e sai correndo.

- O que vai fazer, Inês? - Márcia se senta na cama e me encara.

Maia volta para o quarto trazendo o colar consigo.

- Aqui. - Ela me entrega.

Seguro o objeto com as duas mãos. Começo a sussurrar os feitiços já conhecidos por mim, e em resposta, o colar começa a expandir sua luz. Fecho os olhos deixando a magia acontecer no mesmo.

Estava com os olhos fechados, mas conseguia sentir que Márcia e Maia me olhavam totalmente confusas.

- Pronto. - Abro os olhos e entrego o objeto para Maia. - Se você estiver em perigo ou se precisar de mim, segure-o bem forte e feche os olhos. E não importa o que eu estiver fazendo ou onde esteja, vou o mais rápido que puder ao seu encontro. - Olho nos olhos da menina. - Maia, é muito importante que você nunca tire-o, tá bom? Vai proteger você.

- Tá bom, mamãe. - Ela pendura o colar no pescoço.

- Bom, agora vamos pro banho, mocinha. - Diz Márcia se levantando. - Nós vamos chegar atrasadas desse jeito.

- Enquanto vocês se arrumam, eu vou preparar o café!

...

Depois de tomarmos café todas juntas, eu e Márcia deixamos Maia na escola. Depois, a policial partiu para a delegacia e segui para a Vila Toré ver como estava tudo por lá.

Chegando lá, avisto uns homens de terno distribuindo cestas básicas para os moradores. Havia uma grande movimentação no local. Vejo seu Ciço e me aproximo.

- Ciço, o que está acontecendo aqui? - Pergunto olhando tudo em volta.

- A empresa onde o João trabalha, veio prestar apoio pela perda daqueles moradores que encontramos. Estão distribuindo cestas básicas e doaram uma grande quantia em dinheiro.