"Ataque"

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POV NARRADOR

~ Casa das entidades ~

Iberê e Eric estavam sentados no sofá da sala, tomando algumas cervejas e conversando animados. Até que suas atenções são voltadas para um pedido de socorro que vinha da floresta.

- Ouviu isso, filho de Boto? - Curupira pergunta para Eric.

- Ouvi, cara. Tem alguém precisando de ajuda.

- Então vamos lá ver! - Iberê deixa a cerveja em cima da mesinha de centro e sai.

Eric faz o mesmo e segue atrás dele.

Chegando em uma parte bem afastada da floresta, Iberê e Eric encontram um homem apavorado que estava sendo cercado por uma grande cobra de fogo.

- Não, por favor! Me deixe em paz! - O homem pedia desesperadamente.

A serpente dá o bote em direção ao homem mas Iberê a puxa pela calda e a arremessa para longe.

- Vem, cara. Levanta, sai daqui! - Eric ajuda o pobre homem a se levantar. O mesmo sai correndo assustado.

- Inês estava certa! Então é você que está matando os moradores da Vila! - A cabeça de Curupira começa a flamejar. O homem estava com muita raiva.

- Por que? Por que está fazendo isso? - Eric se aproxima da cobra.

A serpente começa a balançar seu chocalho e se rasteja em direção aos homens.

- Eric, cuidado! Não olha nos olhos dela!

- Quem é você? Se revele! - O filho do Boto sem medo algum avança para cima da cobra.

- Eric, não! - Iberê grita.

A grande serpente de fogo dá o bote no ex policial. O homem cai no chão gritando de dor segurando seu braço. A cobra rapidamente rasteja para dentro do mato e some.

- Que merda, Eric! Eu disse pra ter cuidado! - Iberê se abaixa perto do homem.

- Iberê, me ajuda. Ai! Tá doendo demais! - Eric geme de dor.

- Seu braço está ficando preto. Temos que encontrar a Inês, ela sabe o que fazer!

Nesse momento, alguém se aproxima dos dois homens.

- Iberê! Eric! O que estão fazendo aqui, fora de casa? A Inês disse pra não... - Camila para de falar assim que vê a situação do ex policial.

- Camila, a Cuca estava certa. É o boitatá. Ele que está matando os moradores, ele quem atacou o Eric.

- Pelos deuses! Vocês se arriscaram demais. Temos que levá-lo rapidamente até a Inês.

A sereia tira sua echarpe do pescoço e amarra no antebraço de Eric.

- Pra quê isso, Camila? Tá muito apertado. Ai! - Eric reclama de dor.

- É pra evitar que o veneno se espalhe. - Ela termina de amarrar.

- Vamos logo, antes que piore. - Iberê se levanta e ajuda o ex policial a ficar de pé.

Camila se posiciona ao lado de Eric e o segura pela cintura dando apoio.

~ Cafofo Bar ~

Camila destranca a porta com a chave e entra junto de Eric e Iberê.

- Vem, cara. Senta aqui. - Iberê puxa uma cadeira e Eric se senta.

- Inês?! Inês?! - Camila anda pelo bar à procura da bruxa. - Droga! Ela não está aqui. Deve estar em casa.

- Como assim em casa? Ela não mora aqui? - Eric pergunta confuso.

No Que Me Transformei (MARINÊS)Onde histórias criam vida. Descubra agora