"Algo inesperado"

1.1K 125 60
                                    

POV MÁRCIA

Depois de um longo dia fazendo compras no shopping com Maia, passamos numa escola que não ficava muito distante da minha casa e a matriculei. Nunca tinha visto a menina tão alegre quanto hoje. Estaciono o carro e subimos até meu apartamento.

POV INÊS

Não aguentava mais esperar! Precisava ver a minha filha e pedir perdão pelo jeito que a tratei, precisava conhecê-la. Chego até o apartamento de Márcia mas a janela estava fechada. Então passo por debaixo da porta e adentro à bela casa. Silêncio total, certamente não tinha ninguém em casa. Voltei à minha forma normal e observo cada canto daquele lugar.

Estava distraída então nem percebo quando Márcia abre a porta entrando junto de Maia. Corro até a janela, mas não consigo destravar. - Droga, Inês. - Digo a mim mesma.

POV NARRADOR

- Inês? O que está fazendo aqui? E como entrou na minha casa? - A policial pergunta.

- Antes que você me acerte um tapa de novo, eu vim ver minha filha. Eu tenho todo o direito, Márcia!

- Direito? Você tem ideia do perigo que a menina corria quando você a mandou embora e a deixou sozinha?!

- Eu não sabia que ela era minha filha! - A bruxa diz alterada.

- NÃO INTERESSA, INÊS! ELA É SÓ UMA CRIANÇA! - A policial grita com muita raiva.

- Por favor, não briguem! - A menina pede assustada com os gritos.

Márcia se abaixa na altura da menina.

- Meu amor, pega as bolsas e vai para o seu quarto. Eu e sua mãe precisamos conversar, está bem?

A menina assente com a cabeça pegando as bolsas de compras que fizeram e vai para seu quarto. Márcia vai até o sofá e se senta. Inês faz o mesmo.

- Como encontrou a menina? - Inês pergunta agora um pouco mais calma.

- Eu estava indo até seu bar quando ouvi um choro e a encontrei num beco.

- O que ia fazer no meu bar, policial? - A bruxa pergunta sorrindo de canto com a reação desconfortável de Márcia.

- Isso não importa agora, Inês. - A detetive responde totalmente envergonhada - Depois que a encontrei, trouxe-a para minha casa. Não era certo deixá-la sozinha lá, de jeito nenhum faria isso!

Inês abaixa a cabeça arrependida pelo jeito que tratou a filha. Márcia percebe e se aproxima da bruxa segurando suas mãos.

- Ei, tudo bem. O que importa agora é que a menina está aqui, e segura. E me desculpa pelo tapa!

- Tudo bem, dessa vez eu perdoo. Eu mereci.- A bruxa dá um sorriso para a policial. - Márcia?

- Sim?

- Ela te contou algo sobre o passado dela? Onde ela viveu esse tempo todo? Quem ficou com a minha filha?

- Acho que você deve perguntar isso a ela. - A policial diz se levantando.- Vem!

Inês a segue até o quarto no final do corredor.

POV MAIA

Eu estava triste por ver minhas mães brigando daquele jeito. Me aproximo da janela respirando um pouco de ar fresco. Lá tinha algumas flores, certamente mortas, já que mamãe Marcy não tinha tempo de cuidar delas. Fecho meus olhos e deslizo minhas mãos sobre elas. Aos poucos aquelas flores que antes estavam mortas, começam a ganhar vida. Eram belas, coloridas e exalavam um doce perfume pelo ar.

Me assusto quando a porta é aberta e vejo minhas mães me encarando surpresas. Paro rapidamente o que estava fazendo e as encaro assustada.

No Que Me Transformei (MARINÊS)Onde histórias criam vida. Descubra agora