11 - Branca por fora, rosada por dentro

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"Com amor, Miranda."

𝕆 coração dela pulsava nervoso dentro de seu peito, sentia um descontrole que desconhecia em si mesma. As mãos pressionando firme a carne, e o toque da outra queimando em sua pele. As línguas se encaixavam de tal modo, que já se pertenciam.

Eram lábios chupados, mordidos e molhados. Corpos acesos, arrepiados e dolorosamente excitados. Olhos fechados, gemidos nasais e lábios lutando para se devorar.

O que havia de tão especial naquele beijo que deixava Miranda tonta e rendida ao momento? Seus níveis de oxitocina disparavam, a adrenalina acelerando seu pulso, deixando seu corpo eletrizado, preparando-o para um esforço físico intenso: o sexo.

As mãos de Andrea empurraram com delicadeza o corpo dela contra o sofá, e logo a jovem estava sobre ela, pressionando de forma confortável, perfeitamente encaixadas, como ela imaginava que seria. Mas o calor, ah! Esse ela não imaginava que seria tão violento.

O centro entre suas pernas pulsava, contraía pedindo alimento, implorando por alívio. Ela se deu conta do que estava fazendo quando seu quadril ganhou vida própria e roçou contra a ereção de Andrea. Então seus olhos se abriram assustados com suas próprias reações, e mesmo que seu corpo estivesse sem forças para resistir, ela tentou.

"Eu não posso." Murmurou com a voz fraca. Andrea ajoelhou entre suas pernas e mergulhou as mãos por baixo da saia de Miranda, tirando de lá sua calcinha. "Eu não posso… é errado." Choramingou, com o corpo amolecido.

"Você quer isso." Disse, antes de pressionar o cetim em suas narinas, embriagando-se com o aroma da excitação de Miranda. Então ela deixou beijos nas panturrilhas dela, seus lábios carnudos molhando a pele firme e macia.

"Por favor…" Andrea sequer ouviu. Voltou a beijar a boca de Miranda, e uma mão esperta adentrou a saia dela, tocando diretamente na fenda melada.

"Você com certeza quer." Sorriu, surpresa com a lubrificação, e selou seus lábios novamente, acariciando a umidade quente com a ponta dos dedos.

"Não posso… fazer isso." Andrea encolheu a blusa dela até os seios, expondo a barriga alva e trêmula de antecipação. Miranda tremia como se estivesse completamente despida e enterrada na neve, o corpo inteiro vibrando de excitação e medo, desejo e consciência. "Você… você está me ouvindo?"

Andrea beijou o ventre trêmulo e usou as duas mãos para livrar Miranda da saia. Ela apertou as pernas já despidas uma contra a outra, impedindo que a jovem a visse. Suas mãos não sabiam se puxavam ou afastavam Andrea, e seu corpo continuava a sacudir na beira do orgasmo.

A jovem afastou o corpo e tirou a camisa, ela fitou Miranda, completamente vermelha e suada, com os olhos azuis presos em seus mamilos marrons. Ela pegou a mão da mulher e pressionou contra seu seio, beijando o pescoço dela, depois atrás da orelha e por fim os lábios.

Miranda agarrou suas costas, sentindo a carne suada e quente da outra. Ela queria escapar, ela queria mais. O beijo foi interrompido e Andrea tocou os joelhos dela, pressionando para abri-los.

"Hum-não." Miranda choramingou e abriu aos poucos as pernas, revelando para Andrea a preciosidade do seu sexo. Os olhos amendoados se perderam naquela visão. Branca por fora, rosada por dentro, pelos finos e loiros emolduravam a fenda, tudo era tão pequeno e delicado, a excitação minando, melando todo o entorno. Miranda fechou os olhos, enlouquecida de desejo pela forma como Andrea a olhava.

Ninguém, por mais deslumbrado que fosse por ela, olhou-a assim.

Andrea tocou a barriga, ainda a tremer, com a palma da mão e sussurrou "Apenas deixe sair, Miranda…" ela abaixou entre as pernas de Miranda e deixou que sua língua explorasse a fonte do néctar saboroso.

Stay With Me - Cartas Esquecidas (Mirandy - Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora