28 - Subconsciente obscuro

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"Posso respeitar os teus motivos, assim como escolhi seguir em frente e deixar-te em paz, mas circunstâncias maiores trouxeram a necessidade de novo contato."

𝕄iranda se movia agitada em seu sono intranquilo. Prestes a despertar, rolou sobre a cama e lentamente abriu os olhos. Deparou-se com Andrea deitada ao seu lado, com um sorriso terno brotando nos lábios cheios.

"O que está fazendo aqui?" Perguntou Miranda, com o cenho franzido e um olhar confuso.

"Você quem chamou por mim. Eu li sua carta e estou aqui agora, como você queria."

Estendendo a mão, Andrea tocou o rosto de Miranda e acariciou a maciez de sua bochecha com as costas dos dedos. Os olhos azuis se fecharam e um suspiro amargo lhe escapou.

"Não!" Disse Miranda, afastando a mão de Andrea com irritação. "Você foi embora. Acha que pode voltar quando quer e ter o que quiser de mim?"

"Mas você disse na carta-"

"Eu disse qualquer coisa para você entrar em contato comigo, não significa que vou perdoar facilmente. Além disso, você demorou demais."

"Cartas levam um tempo para atravessar um oceano, sabe? Sei que está chateada, sinto muito ter sido tão infantil e tola, você não mereceu nada disso."

"Você pelo menos tem alguma ideia do quanto eu senti sua falta? De como eu estou machucada?"

Quebrando a distância entre elas, Andrea ergueu a mão de forma receosa e afastou o cabelo do rosto de Miranda, roçando a ponta dos dedos carinhosamente em sua face.

"Eu sei, mas eu posso fazer melhorar. Deixe-me fazer passar."

Suas respirações se misturaram com a proximidade. A jovem deixou um beijo delicado e demorado no ombro de Miranda, fazendo uma trilha quente com os lábios por seu pescoço, até alcançar sua mandíbula.

Segurando nos braços de Andrea, Miranda teve um breve momento para decidir se iria afastá-la ou puxá-la contra seu corpo. Sua respiração parecia ter parado por um instante, enquanto os olhares estavam conectados e embebidos de saudade.

Quando Miranda fechou os olhos e soltou o ar com um tremor involuntário, Andrea interpretou como um consentimento.
Seus lábios se tocaram com a suavidade de uma pétala, em beijos lentos e saudosos.

“Eu senti tanta falta de estar com você assim.” Sussurrou Andrea, enquanto a beijava repetidamente nos lábios. "Senti falta de me deleitar nesse teu calor gostoso, do cheiro intenso do teu desejo."

Andrea beijou-lhe o pescoço, roçando a língua molhada na pele quente e arrepiada. Um gemido trêmulo escapou por entre os lábios de Miranda e um espasmo entre suas pernas a deixou desnorteada.

"Andreah." Sussurrou o nome da jovem, enquanto assistia ela levar a boca às suas coxas e mordiscar a pele firme. "Andrea, como... como você entrou aqui?"

"Dee Dee me deixou entrar." Disse ela, para logo depois levantar a camisola até a cintura e beijar sua intimidade através da calcinha branca.

"Ahn-Andreah!" Miranda apertou os lençóis em seus punhos e encarou o sorriso desejoso da jovem. O castanho quente dos olhos de Andrea transmitia todo calor e afeto que ela desejava. No entanto, algo parecia errado. "Você não está aqui realmente, está?"

Parando por um momento, Andrea subiu ao rosto de Miranda e beijou-a demoradamente nos lábios. Com docilidade e carinho, ela falou:

"Você pode acordar se quiser, Mira. Ou pode ficar aqui comigo e nós faremos amor gostoso e quente."

Stay With Me - Cartas Esquecidas (Mirandy - Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora