Dulce respirou fundo ao sentar-se no banco do jardim. Sentia-se um pouco enjoada e o barulho da conversa na mansão começava a lhe dar dor de cabeça, fora que o fato de estar apreensiva com sua relação com Christopher ajudava a piorar a dor que sentia. Jamais se imaginara com ele, ainda mais estando tão próximos e em uma relação tão íntima quanto a de pessoas casadas. Tinha medo de como as coisas seriam no futuro e como se relacionariam quando a filha nascesse pois tinha certeza que assim que isso acontecesse, ele voltaria a morar sozinho e faria apenas visitas esporádicas a bebê.
Diana: O que a nossa mamãe faz sozinha aqui? (perguntou ao sentar ao lado dela)
Dul: Estou pensando.
Diana: Me parece preocupada. (murmurou ao bebericar sua taça de vinho) Está tudo bem?
Dul: Comigo sim... Estou preocupada com o Christopher. (desviou seu olhar do dela, lembrando-se do que ocupava sua mente além do relacionamento) Ele chegou um pouco estranho hoje. Perguntei se era algo na empresa e ela só disse que estava cansado.
Diana: Talvez ele só esteja cansado mesmo, Dul. Aquela empresa é o mundo do Christopher desde quando ele começou a trabalhar nos estágios da faculdade e agora como CEO ele vem se dedicando cada vez mais.
Dul: Sim, eu sei. Você sabe, apesar de eu ser médica, a minha família também tem sua empresa e eu trabalhei e ainda trabalho nela pra saber a dedicação que colocamos ali. Mas ele chegou diferente, sabe? Eu já o vi preocupado com a contabilidade da empresa ou sobre alguma publicidade que estava atrasada, mas hoje foi diferente. Não parecia ser o mesmo tipo de preocupação.
Diana: Bom, não acho que deva ser algo com que você precise se preocupar, mas eu posso tentar falar com ele e descobrir sobre se você quiser.
Dul: Não, não precisa.
Diana: Tudo bem então. Agora vamos entrar, sim?! Está frio e não queremos uma mamãe doente.
Dulce sorriu e acompanhou a prima de Christopher até a sala de estar onde a família conversava sobre banalidades.
Ucker: Aonde estava, Dulce? (perguntou ao vê-la se aproximar)
Dul: Estava lá fora conversando com Diana.
Ucker: Fique aqui dentro, ok? Está frio e você está de vestido. Não quero que fique doente.
Dulce sorriu levemente e assentiu antes de desviar seu olhar do dele.
Ucker: O que foi? (levou a mão ao queixo dela, olhando-a nos olhos) Quer voltar para o apartamento?
Dul: Não. Está tudo bem. Poderia pegar uma água para mim? Vou sentar um pouco. Meus pés estão me matando.
Ucker: Claro
Dulce sentou-se no sofá e poucos minutos depois Christopher sentou ao seu lado, entregando-lhe o copo de água.
Ucker: Por que está tão calada?
Dul: Não é nada. (murmurou bebericando o copo de água) Eu estou bem, já disse.
Ucker: Estava com enjoo, não é?
Dulce suspirou e assentiu. Não sabia se gostava ou se odiava o fato dele já a conhecer tão bem.
Dul: Um pouco. Estava bom demais pra ser verdade, né? Mas já está melhorando. Só precisava de um ar.
Ucker: Não quer ir descansar em um dos quartos?
Dul: Não. Estou bem.
Ucker: Certo... Eu vou voltar a conversar com o meu pai no escritório, ok? Qualquer coisa pode ir me chamar.
Lhe dando um rápido selinho, Christopher levantou e aproximou-se da mãe que estava parada no corredor apenas observando-os.
Alexandra: Filho, por que não leva Dulce para descansar em um dos quartos?
Ucker: Já falei para ela subir. Ela não quer.
Alexandra: Ela está exausta, Uckermann. (cruzou os braços e o encarou séria) Cuide dela e da sua filha, Christopher. Ela não engravidou porque quis e agora essa é a sua família. Não a trate apenas como alguém para satisfazer seus desejos sexuais.
Ucker: Eu sei. (revirou os olhos) E nós dois estamos bem, ok? Pela primeira vez em 10 anos estamos nos entendendo. E deixa que da minha vida sexual cuido eu. (desviou seu olhar do da mãe para olhar Dulce que conversava com Diana) Vamos embora daqui a pouco. Eu também preciso descansar. Os dias na empresa estão corridos e eu não dormi nada essa noite, mas antes eu vou conversar com o papai, ok? Enquanto isso, volte a paparicar Dulce.
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Say Love - Vondy
RomanceEles dois não se entendiam, brigavam o dia todo pelos motivos mais bobos. Um odiava o jeito do outro. Ela não gostava do ego extremamente inflado dele. E ele não gostava de como ela era mimada e teimosa. Tudo era motivo de brigas. Eles se irritavam...