Capítulo 11

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Ucker: Não comece, Dulce María. (resmungou) Quando é a sua consulta?

Dul: Terça.

Ucker: Eu quero ir com você. Não esquece, ok?

Dul: Tá. (suspirou) Me deixa ir pra casa, por favor. (pediu num sussurro)

Ucker: Dulce, você não está bem. Você não vai morrer se ficar um tempo aqui.

Dulce resmungou um "insuportável" e virou-se costas para ele, cobrindo-se e fechando-os olhos.

Ucker: Vou pedir pra Anna fazer um suco para você.

Dul: Eu não quero nada, Uckermann. (o segurou pela mão antes que ele pudesse levantar da cama) Por favor, respeite isso. Eu não consigo comer e nem tomar nada agora.

Ucker: Tudo bem. (respirou fundo) Mas por favor, me avise se precisar de algo, ok? Eu vou tomar um banho e já venho para conversarmos. Promete que vai ficar aqui?

Dul: Prometo. De qualquer forma, não iria conseguir dirigir agora mesmo.

Minutos mais tarde ao sair do banheiro já vestido com uma roupa similar à que estava antes, Christopher deparou-se com Dulce adormecida em sua cama.

Sentando-se na ponta da cama, a analisou com cuidado e suspirou preocupado ao perceber que ela estava mais magra que nos meses anteriores.

Christopher acomodou-se ao lado dela na cama e distraiu-se lendo um livro, desviando sua atenção apenas ao perceber ela acordar poucos minutos mais tarde.

Ucker: Se sente melhor? (perguntou ao deixar o livro na mesinha de cabeceira)

Dul: Sim... Eu dormi por muito tempo?

Ucker: Uns 40 minutos. (deu de ombros e virou-se na cama para olha-la melhor) Esses cochilos tem acontecido muito?

Dul: Mais do que eu gostaria.

Ucker: Como você está se sentindo?

Dulce suspirou e o olhou com cuidado, percebendo que naquele momento ele estava realmente interessado, diferente de uma hora atrás e o olhar preocupado dele permitia com que ela soubesse disso.

Pela primeira vez ele não estava a ponto de matá-la apenas com o olhar e também não havia tensão sexual dominando-os.

Dul: Nunca me senti tão indisposta. Tem sido horrível acostumar com tantas alterações hormonais ao mesmo tempo... Ainda mais que eu achava que jamais passaria por tudo isso.

Ucker: Não queria filhos? (perguntou num tom de voz baixo)

Dul: Nunca esteve nos meus planos. E mesmo que estivesse, não seria agora.

Ucker: Acho que era pra ser, não é? Acho que só assim para melhorar nosso comportamento um com o outro.

Dul: Sim. (suspirou) Como vão ser as coisas agora? (sentou-se na cama e o olhou nos olhos)

Ucker: Eu sinceramente não sei... Acho que não é algo com que temos que nos preocupar agora. Acho que o melhor é deixar fluir.

Dul: Nós vamos dar conta disso tudo, Uckermann? (perguntou com a voz embargada)

Ucker: Dulce... (sentou-se também e puxou-a para um abraço apertado) Pare de se preocupar com isso agora, por favor. Pode ser um pensamento errado, claro. Mas tudo vai dar certo, ok? Em algum momento as coisas vão se encaixar e nós mal vamos perceber. Como eu disse, vamos deixar fluir. Você não está sozinha e nunca estará.

Dulce fungou, descansando sua cabeça no peito dele. A ideia de ser mãe solteira estava enlouquecendo-a.

Ucker: Relaxa um pouco e tira esse peso dos ombros. Estou com você, ok?

XXX

Dulce passara o dia com Christopher. Ele não saíra do seu lado para nada e pela primeira vez não estavam trocando farpas a cada minuto.

Dul: Uckermann, eu quero ir pra casa. (resmungou de mau humor)

Já começava a anoitecer e após passar o dia com Christopher, Dulce começava a se estressar pois queria ir para casa e ele não queria deixa-la sozinha.

Ucker: Já disse que não vai ficar sozinha, Dulce María. Está com enjoo e mal tem conseguido ficar em pé sozinha. Se vai pra sua casa, eu vou junto.

Dul: Estou bem. (revirou os olhos)

Ucker: Agora. Mas até poucos minutos atrás não estava. Como eu disse, sozinha você não fica.

Dulce bufou irritada e acomodou-se melhor na cama.

Dul: Já está tarde. Quero ir pra casa tomar um banho e descansar. (justificou)

Ucker: Tenho um chuveiro bem ali. (deu de ombros)

Dul: Não tenho roupas. 

Ucker: Não precisa delas. (sorriu malicioso, pegando o travesseiro que ela lhe jogara) Vou imaginar que você estava testando se o travesseiro voava... Não vai pra casa, Dulce. (disse firme) Vai passar a noite aqui e pronto. Quanto as roupas, te empresto um conjunto de moletom.

Dul: Ah sim, usamos tamanhos de roupas bem próximos. (resmungou irônica)

Ucker: Como eu disse, pode ficar nua também... Venha, vou te ajudar a tomar banho. (estendeu a mão a ela)

Dul: Mas não vai mesmo. (rebateu, aceitando a ajuda dele para levantar da cama) Me sinto melhor, ok? E não sou criança.

Ucker: E se você desmaiar?

Dul: Não vou desmaiar. 

Say Love - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora