Ucker: Quanta besteira, Dulce. (suspirou negando com a cabeça) Eu não teria vindo morar com você se eu não me importasse. Eu remanejei toda a minha vida para estar perto de vocês. Eu estou aqui porque quero estar perto, quero estar junto em todos os passos possíveis. Estou aqui porque me preocupo com vocês duas e não porque tenho medo do que as pessoas possam falar, tanto é que poucas pessoas ao meu redor sabem que serei pai e que você é a mãe e preferi manter assim para nos proteger. Sei o quanto revistas e sites de fofocas podem estressar e não quero te ver mal por isso durante a gestação. Você escolheu não expor esse momento das nossas vidas nas suas redes sociais ainda e eu também preferi não expor. É um momento nosso e que não merece ser afetado por fofocas... E me perdoa se eu não soube conversar com você sobre a nossa filha ou se acabei desviando do assunto. Não foi a minha intenção, acho que só não estou acostumado com isso. É tudo muito novo ainda. Prometo melhorar e por favor, se eu continuar assim, me avise, ok? Chame a minha atenção assim como fez duas semanas atrás sobre o quarto da nossa filha. Você nunca teve medo de falar as coisas para mim, não é para ter medo agora.
Dul: Obrigada. (sorriu levemente) E me desculpe por pensar isso de você.
Ucker: Não se desculpe. Você teve motivos para isso. E se precisar nós conversaremos sobre isso novamente, ok? Quantas vezes forem necessárias... Agora, sobre nós dois, o que te preocupa?
Dul: A forma como nos envolvemos tão rápido. (mordeu o lábio, olhando-o com cuidado) Há poucos meses vivíamos puxando o cabelo um do outro e agora estamos agindo como um casal, como se nada tivesse acontecido antes, como se sempre nos déssemos bem.
Ucker: Combinamos de tentar melhorar o relacionamento que não tínhamos, não? E o fato de estarmos transando só colaborou com isso.
Dul: Eu sei. (murmurou, sentindo-o acariciar sua mão com o polegar) Só é estranho.
Ucker: Sim e acredite, eu estou tão confuso quanto você e sinceramente não sei explicar o que há entre nós, mas está bom assim... Ou preferia nossas discussões? (perguntou com um sorriso nos lábios e Dulce riu)
Dul: Transar com você tem sido mais proveitoso. (piscou para ele)
Ucker: Então não tem porque se preocupar. (levou a mão ao pescoço dela, puxando-a para um beijo rápido) Gosto da forma que estamos agora. Conseguimos conversar e nos entender além do sexo, certo?
Dul: Eu também gosto. (sorriu)
Ucker: Como te disse desde o princípio, estamos juntos sim, ok? Estamos nos dando bem e não acho que nada deva mudar entre nós... Só se você quiser...
Dul: Eu não quero. (garantiu)
Ucker: Mais alguma coisa preocupa sua cabeça?
Dul: Não. Obrigada por me escutar.
Ucker: Vem, deita aqui comigo. (murmurou, deitando e puxando-a para deitar em seu peito) Não tenha medo de conversar comigo, Dulce. Teremos uma filha juntos e precisamos nos comunicar.
Dul: Eu sei, eu só não estava me sentindo confortável, mas prometo me esforçar mais quanto a isso.
Ucker: Eu também prometo, Dul. Vamos fazer isso tudo dar certo, ok?
XXX
Christopher acordara cedo na manhã seguinte e após ter malhado na academia, decidiu ir até uma loja de bebês e em seguida até uma floricultura, onde comprou um buquê de rosas vermelhas para Dulce.
Ucker: Dulce já acordou? (perguntou a Anna assim que entrara no apartamento)
Anna: Está tomando banho... Flores? O Christopher que eu conheço não da flores pra ninguém.
Ucker: Estive meio insuportável nos últimos dias, uma forma de agradece-la por não ter me matado.
Anna: Ela vai adorar. (piscou para ele)
Assim que entrou no quarto, Christopher seguiu até o banheiro e sorriu ao ver Dulce terminando de enrolar-se em uma toalha. Aproximando-se, beijou-lhe delicadamente os lábios e lhe entregou as flores.
Dul: Flores? Perdi algo? (perguntou confusa)
Ucker: Apenas uma forma de te agradecer por não ter me matado nos últimos dias. (sorriu junto com ela) E um presentinho para a nossa pequena. (levantou a sacola que estava em sua mão, mostrando a ela)
Saindo do quarto, Dulce colocou as flores sobre a cama e abriu a sacola que ele lhe entregara, tirando um pequeno sapatinho dali e um pequeno body azul com babados, manga ciganinha e laço na cintura.
Dul: É lindo, Christopher. (sussurrou enquanto passava os dedos pelos babados da roupinha) É a primeira roupinha dela. Na verdade, sem ser o quarto, é a primeira coisa que ela tem.
Ucker: Sério? Achei que já tinha comprado algumas coisas. (disse assim que ela se aproximara para lhe dar um selinho)
Dul: Não comprei nada ainda. Havia combinado de sair com sua prima para comprarmos, mas acabamos focando nos detalhes para o quarto e deixando as roupinhas para depois.
Ucker: Aliás, o quarto está ficando lindo. (disse enquanto acariciava a bochecha dela com o polegar)
Poucos dias antes, Dulce o colocara contra a parede e insistira para ele ajudar a decidir detalhes sobre o quarto que agora começava a receber tinta nas paredes e alguns móveis montados.
Dul: Está sim. Sua ajuda foi essencial.
Ucker: E lembre-se do que conversamos ontem, não hesite mais em chamar a minha atenção sobre isso se for necessário.
Dul: Não irei. (murmurou lhe dando mais um selinho demorado) Obrigada pelas flores.
Ucker: Obrigado por não ter me matado.
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Say Love - Vondy
RomansaEles dois não se entendiam, brigavam o dia todo pelos motivos mais bobos. Um odiava o jeito do outro. Ela não gostava do ego extremamente inflado dele. E ele não gostava de como ela era mimada e teimosa. Tudo era motivo de brigas. Eles se irritavam...