Capítulo 13

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O jantar transcorreu tranquilamente entre uma conversa leve e sem atritos, após, Dulce o ajudou com a louça para então voltarem ao quarto.

Dul: Onde eu vou dormir, Uckermann? (perguntou ao sair do banheiro)

Ucker: Aqui. (murmurou, arrumando o cobertor) Vem, deita aqui.

Dul: Mas e você?

Ucker: Vou dormir ali. (apontou para o sofá que havia no quarto)

Dul: Nada disso, Uckermann. Eu durmo ali.

Ucker: Não. Está grávida. Não vai dormir no sofá, por mais confortável que ele seja. E não vai dormir no quarto de hospedes. E se você passar mal e eu não ver? Nem pensar. Agora, deite aqui, sim?

Dul: Não me importo de dormir com você na mesma cama, Uckermann. Como você mesmo diz, já transamos. (deu de ombros) Deite sua bunda gorda aqui do meu lado.

Ucker: Ok, ok. (sorriu) Juro que sou um menino comportado.

Dul: Bom que seja porque não vai rolar. (murmurou ao deitar na cama e acomodar-se embaixo da coberta)

Ucker: Vou escovar os dentes e já venho.

Voltando para o quarto poucos minutos depois, acomodou-se ao lado dela na cama e desligou o abajur.

Ucker: Me avise se precisar de algo.

Dul: Tá... Só de cueca, Uckermann? (murmurou, sentindo o calor do corpo dele próximo do seu)

Ucker: Não vou dormir todo vestido, Dulce. (revirou os olhos) Gosto de dormir nu ou de cueca. Quer que eu tire a cueca?

Dul: Não seja escroto. (resmungou)

Ucker: Não vou mudar meu comportamento só porque você vai dormir aqui. Se não quiser que eu durma aqui, eu vou para o sofá sem problema nenhum.

Dul: Ei. (o reprendeu)

Ucker: Como você mesma lembrou minutos atrás, já transamos e dormir do seu lado, com ou sem cueca, não vai alterar nada. (alterou levemente o tom de voz, fazendo-a arregalar os olhos)

Dul: Uckermann, eu realmente não quero brigar, por favor. (pediu num tom de voz baixo, fazendo-o respirar fundo)

Ucker: Me chame se precisar. Boa noite, Dulce. (murmurou, virando-se de costas para ela)

XXX

Remexendo-se na cama no início da manhã seguinte, Dulce suspirou sentindo o corpo dele envolver totalmente o seu. Dividiam um travesseiro, suas pernas estavam entrelaçadas, suas costas coladas no peito dele e os braços fortes a seguravam com firmeza, fazendo com que se sentisse segura e confortável ali.

Quem os visse certamente diria que eram um casal apaixonado, mas a realidade era completamente outra e a única coisa que os ligava naquele momento era o bebê em seu ventre.

Sentindo seu estômago revirar com o enjoo tomando conta de si novamente, livrou-se rapidamente dos braços de Christopher e correu em direção ao banheiro, vomitando o pouco que tinha em seu estômago.

Limpando a boca com um pedaço de papel higiênico e dando a descarga, encostou-se com as costas na parede e abaixou a cabeça entre os joelhos, deixando com que as lágrimas deslizassem por seu rosto. Estava exausta de sentir tantos enjoos, de não conseguir alimentar-se direito e de todas as outras alterações hormonais e não via a hora daquilo ter fim. Fora o fato de estar tão preocupada em como seria tudo no futuro. Tinha medo de tantas coisas, mas principalmente de não ser uma boa mãe e de Christopher não ser um pai presente.

Sentindo Christopher sentar ao seu lado no chão e a abraçar, deixou-se chorar por alguns minutos abraçada a ele e logo se afastou, secando as lágrimas e virando-se de costas para ele.

Ucker: Você está bem?

Dul: Estou bem... Sai daqui, Christopher.

Ucker: O que aconteceu? Você está se sentindo mal? Quer ir ao hospital?

Dul: Só estou cansada disso tudo. (disse num murmúrio) Me deixe sozinha. Quero tomar um banho.

Ucker: Me chame se precisar.

Saindo do chuveiro poucos minutos depois enrolada apenas em uma toalha, Dulce deixou-se ser abraçada por ele novamente, descansando a cabeça em seu peito enquanto sentia ele acariciar suas costas.

Ucker: Me diz como eu posso te ajudar, Dul. Quero que você se sinta melhor. O que eu posso fazer?

Dul: Só não nos deixe sozinhos. (pediu num sussurro)

Ucker: Não irei. Prometo. 

Say Love - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora