Conforme as semanas foram passando, Christopher pouco a pouco voltava a sua rotina normal de trabalho, apenas evitando viagens muito longas.
Isabelle havia completado 6 meses há poucos dias e Christopher aproveitava ao máximo cada fase da filha, mas há alguns dias um pequeno detalhe começava a incomodá-lo.
Sábado, 14:00min...
Sentado no sofá da sala distraído com suas redes sociais no celular, Christopher viu Dulce se acomodar ao seu lado e lhe beijar a bochecha.
Dul: Belle acabou de dormir.
Ucker: Ótimo. (deixou de lado seu celular e ajeitou-se no sofá para olha-la melhor) Quero que me explique uma coisa agora que Isabelle já está com pouco mais de seis meses e isso tem ficado cada vez mais evidente.
Dul: Tá. (franziu o cenho, olhando-o com atenção)
Ucker: Por que raios Isabelle tem olhos azuis sendo que eu e você temos olhos castanhos? (perguntou levemente irritado, fazendo Dulce arregalar os olhos e afastar-se dele)
Dul: Acha que te enganei, Christopher? (perguntou num sussurro sentindo o coração apertar) Ela é sua filha, Uckermann. Jamais iria te enganar sobre isso. Se não confia, faça um teste de DNA. Só espero que não se arrependa de ter desconfiado sobre isso. (disse antes de sair da sala e seguir para o quarto)
Ucker: Droga. (bufou)
Christopher jogou a cabeça pra trás e levou uma almofada ao rosto, respirando fundo. Mesmo que Isabelle não fosse sua filha, iria assumir a paternidade. Já havia se ligado emocionalmente o suficiente com ela para saber que nunca iria abandona-la ou deixar de protege-la.
Endireitando-se no sofá novamente, Christopher suspirou ao ouvir o choro de Isabelle pela babá eletrônica ao seu lado já que Dulce esquecera ali e rapidamente caminhou até o quarto dela, pegando-a no colo, tentando acalma-la e só então se dando conta da besteira que havia cogitado.
Ucker: Calma, meu amor. (sussurrou beijando a cabecinha da filha) O que você quer, hum? (perguntou baixinho percebendo que o choro só aumentava)
Dul: O que foi? (perguntou entrando no quarto) Me dá ela aqui, Christopher.
Ucker: Não. (murmurou apertando a bebê contra si) Quero cuidar dela.
Dul: Quer é? (riu debochada)
Ucker: Agora não, Dulce María. (disse sério)
Dul: Ela deve estar com cólica.
Pegando uma manta em uma das gavetas da cômoda, Dulce esticou a peça no berço e em seguida pegou a filha, enrolando-a ali e em seguida entregou-a de volta para Christopher.
Ucker: Isso ajuda?
Dul: Sim. Deixe-a bem apertadinha contra você, ok? Ela já volta a dormir.
Ucker: Tá... Estava tomando banho? (perguntou ao perceber que ela estava enrolada em uma toalha)
Dul: Estou indo agora... Pode ficar com ela enquanto isso? Eu realmente preciso de um banho.
Ucker: Claro. Não se preocupe.
Assim que Dulce voltou para o quarto, Christopher seguiu com a filha até a sala e assim que ela se acalmara, deitou-se com ela no sofá, colocando-a em seu peito e acariciando com cuidado a cabeça dela.
Ucker: Me perdoa, princesa. (sussurrou) Me perdoa por ter chego a cogitar a ideia de não ser seu pai. Eu te amo tanto, pequenina.
Minutos mais tarde, com Belle voltando a dormir, Christopher viu Dulce entrar na sala e aproximar-se para olhar a filha.
Dul: Ela está melhor?
Ucker: Sim. (a olhou e suspirou) Me desculpa.
Dul: Jamais iria te enganar. (disse magoada) Nos conhecemos há anos e nunca nos demos bem, Uckermann, e eu jamais iria engravidar de outro homem e dizer que o bebê é seu. O que eu iria ganhar com isso? Você me enchendo a paciência ainda mais? Te contei sobre a gravidez porque era o certo a se fazer e não pra me aproximar de você ou pra pegar seu dinheiro. Do seu dinheiro nem eu e nem minha filha precisamos.
Com cuidado, Christopher levantou e colou a filha no moisés ao lado do sofá e aproximou-se de Dulce, acariciando-lhe o rosto.
Ucker: Eu sei. Por favor, me perdoa... Eu sempre tive receio de ser enganado. Sempre fui cuidadoso e foi tudo tão rápido, tão inesperado. Uma relação que eu jamais imaginaria ter com você e olha só onde estamos agora.
Dul: Eu sei... (sussurrou) Isabelle é a cara da sua mãe, Uckermann. Isso sempre foi claro para mim e só tem ficado cada dia mais evidente. Achei que estivesse claro para você também visto que sempre falamos que ela não tem absolutamente nada meu ou da minha família. Os olhos azuis, a cor do cabelo, o nariz e todo resto são heranças da sua família, mas se realmente estiver com dúvidas, faça o exame. Não vou ficar braba, só fico chateada de você ter pensando que te enganei a gestação inteira.
Ucker: Eu sei que ela é minha filha. (disse firme). Me perdoa por ter chego a pensar que não seria. Me perdoa por ter te chateado. Por favor. Não queria te deixar mal. Te magoei sem nem pensar direito sobre o assunto. Somente depois lembrei que ela herdou os olhos azuis da minha mãe... E todo o resto. (sorriu levemente junto com ela) Eu nunca me arrependi tanto de algo que pensei e falei.
Dul: Eu te perdoo. A última coisa que eu quero é ficar mal com você. (murmurou, abraçando-o com força)
Ucker: Vamos esquecer isso, ok? (beijou a cabeça dela e respirou aliviado) Vamos descansar um pouquinho enquanto ela ainda está dormindo.
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Say Love - Vondy
RomanceEles dois não se entendiam, brigavam o dia todo pelos motivos mais bobos. Um odiava o jeito do outro. Ela não gostava do ego extremamente inflado dele. E ele não gostava de como ela era mimada e teimosa. Tudo era motivo de brigas. Eles se irritavam...