Sentando em sua cadeira no escritório de sua empresa, Christopher começava a se irritar com o rumo que a conversa com Poncho estava levando. Haviam discutido alguns contratos e após isso, conversavam sobre a convivência com Dulce.
Poncho: Por que não diz para ela que está apaixonado?
Ucker: Eu não estou apaixonado, Alfonso. (resmungou, começando a se irritar)
Poncho: Deixa de ser idiota, Uckermann. Você gosta dela e isso tem ficado cada dia mais nítido. Vocês vão ter um filho. Fala para ela o que sente.
Ucker: Não sinto nada, Alfonso.
Poncho: Ah sente sim! (insistiu) Desde o Hawaii o seu comportamento com ela mudou e está óbvio que se apaixonou nesses últimos meses morando com ela. Sou seu amigo há anos, sei quando está apaixonado e sei quando não é nada sério. A forma que você olha para ela agora, como fala, cuida e toca é totalmente diferente de qualquer outra mulher com quem você já esteve. Deixe seu orgulho de lado e fale o que sente, até porque tenho quase certeza que ela sente o mesmo por você.
Ucker: Até parece. (revirou os olhos) Dulce nunca me suportou.
Poncho: Porque você sempre fez questão de ser insuportável com ela. (rebateu) E ela com você. E agora vocês estão bem, então, por favor, converse com ela sobre isso.
Ucker: Não farei isso, Alfonso. Eu não sinto nada. Ela é apenas a mulher com quem estou transando agora e a mãe da minha filha. Não passa disso.
Poncho: Você é um idiota. (resmungou levantando-se para sair da sala dele) Não quer falar, não fala, mas não faça besteira.
XXX
O início da noite ao entrar no quarto de Dulce no inicio da noite, Christopher logo fora recebido por ela com um selinho que ele mal conseguira corresponder. Estava irritado e cansado e a última coisa que queria era ter que conversar com ela.
Dul: Uckermann, estou querendo ir ao cinema. Vamos comigo?
Ucker: Vá sozinha, Dulce. (resmungou de má vontade)
Dul: Aconteceu alguma coisa? (franziu o cenho ao perceber que ele parecia irritado)
Ucker: Deveria ter acontecido algo? (a fuzilou com o olhar)
Dul: Ei, calma. (o repreendeu com os olhos arregalados) Eu só perguntei se você queria ver um filme.
Ucker: No momento eu só estou querendo que você vá para qualquer lugar e me deixe em paz, ok?
Dul: O que aconteceu? Você está bem?
Ucker: Não aconteceu nada, Dulce María. Só me deixa em paz. (alterou o tom de voz, fazendo-a se encolher assustada)
Dul: Me avisa se você quiser conversar, ok?! (disse baixinho, com os olhos cheios de lágrimas)
Entrando no quarto da filha, Dulce fechou a porta e respirou fundo enquanto passava as mãos nas lágrimas que escorriam por seu rosto.
Dul: Malditos hormônios... Está tudo bem, María. Ele que é e sempre foi um grande babaca. Estava bom demais para ser verdade. (sussurrou para si mesma) Então vamos arrumar suas coisas, meu amorzinho. (murmurou acariciando o ventre) Não vejo a hora de te ter em meus braços e de sentir o seu cheirinho... Espero que você goste do seu quartinho.
O quarto estava quase finalizado, as paredes nas cores brancas e as cortinas em tom de rosa claro, assim como a poltrona para amamentação. Na parede, uma prateleira com bonequinhas e bichinhos de pelúcia e ao lado, estaria o berço em tons de cobre.
XXX
Cerca de duas horas depois, um pouco mais calmo, Christopher saiu do quarto para procurar por Dulce. A conversa com Poncho o deixara irritado e pensativo, e agora arrependia-se de ter descontado sua raiva em Dulce.
Ao encontra-la no quarto da filha, suspirou ao ver que ela dormia na poltrona abraçada a uma bonequinha de pano.
Ucker: Perdão. (sussurrou ao beijar-lhe a cabeça) Não era para ter acontecido. Não era para ser assim.
Após observa-la por mais alguns minutos, Christopher passou a tentar acorda-la, acariciando delicadamente o braço dela.
Dul: O que foi? (resmungou sonolenta)
Ucker: Vai dormir na cama. Está toda torta nessa poltrona.
Dulce suspirou ainda tentando despertar e endireitou o corpo, coçando os olhos.
Dul: Droga! Eu tenho dormido até deitada em uma pedra. (disse baixinho) Que horas são?
Ucker: Quase dez. (disse ao pegar a bonequinha da mão dela, colocando de volta na prateleira) Vem, vou te ajudar a trocar de roupa para você dormir. (estendeu a mão a ela para que pudesse ajudá-la a levantar)
Dul: Sei trocar de roupa sozinha, Uckermann.
Ignorando a mão que ele estendera para ajudá-la a levantar, Dulce levantou e saiu do quarto sendo seguida por ele até a suíte.
Ucker: Quer que eu pegue algo pra você?
Dul: Não preciso de ajuda, Uckermann. Poderia me dar licença? Quero trocar de roupa em paz.
Ucker: Tudo bem. Me chame se precisar.
...
#CuriosidadesDaFanfic
Por motivos de eu ser estranha, eu adoro esse capítulo hahaha E se não estou confundindo, foi o primeiro capítulo a ser escrito.
Como eu já havia comentado alguns capítulos atrás, a ideia era as coisas entre eles realmente não fluírem bem, mas conforme fui escrevendo acabei mudando um pouco de ideia e alterando alguns capítulos, mas a parte onde ele chega em casa e "conversa" com a Dulce está do jeitinho que foi escrito 3 anos atrás, e aliás, foi por essa parte que comecei a escrever. A conversa com o Poncho só foi escrita depois!
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Say Love - Vondy
RomanceEles dois não se entendiam, brigavam o dia todo pelos motivos mais bobos. Um odiava o jeito do outro. Ela não gostava do ego extremamente inflado dele. E ele não gostava de como ela era mimada e teimosa. Tudo era motivo de brigas. Eles se irritavam...