Vejo enfim a luz brilhar

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Se de um lado, a festa do casamento continuava ao som dos músicos de Nova Orleans e o casal real tinha sua própria diversão particular, rei Stefan permanecia atônito e pálido olhando para fora da janela. Audrey tinha desaparecido diante de seus olhos, aquela escuridão, vento, fosse lá o que fosse, engoliu a menina.

- Tranquem e isole a área do castelo. Um médico para Isaac também. - A ordem dada a Aníbal saiu no automático, porque todo o ser do rei ainda estava preso vendo a janela. - Por favor liguem para minha filha e meu genro, peça para que voltem o mais rápido possível, por favor. - Tirou a coroa e passou as mãos nos poucos cabelos. Sua Audrey, sua única neta tinha ido e não fez nada. Como explicaria isso a Aurora? O que faria? O reino? E Leah? Simplesmente não sabia o que pensar, não passava nada na sua mente nesse momento.

Andando foi até mais próximo de janela, o pingente com o cristal rosa estava no chão. Abraçou a joia e observou o corredor bagunçado. Olhou para fora não vendo nada incomum, além de escuridão.

(...)

Auradon City

A noite ainda era longa para o casal. Mal estava deitada no peito nu de Ben. Parecia tudo igual, ao mesmo tempo diferente. Eles ficarem deitados em silêncio não era nenhuma novidade, as mãos entrelaçadas brincando era normal.

- Será que a festa ainda continua?

Mal quebrou o silêncio.

- Você tem dúvidas? Acho que ainda escuto Louis tocando trompete.

- Queria ter ficado mais?

- Não, aqui está bem melhor. - Confessou beijando a cabeça dela. - Por falar em lugares melhores, posso finalmente dar meu primeiro presente de casamento, esposa?

- Presente? Não comprei nada para você. É alguma tradição?

Não esperando ouvir aquilo, levantou-se puxando o lençol.

- Não, na verdade é mais um presente para nós dois. - Esticou-se para pegar o envelope na cabeceira e entregou a ela. - Espero que goste.

Mal pegou o envelope receosa e se surpreendeu ao ler.

- Isso é sério? Dissemos que não ficaríamos longe de Auradon.

O envelope era apenas um bilhete escrito com a própria letra do rapaz avisando que eles iriam ter uma curta lua de mel de dois dias.

- E não vamos, mas Mal pensa, teremos a vida toda para cuidar de Auradon e ficar nesse castelo. É o nosso casamento, o reino pode ficar bem por dois dias.

- Eu não estou reclamando, longe disso. - Beijou de novo. - Para onde vamos?

- Sei que não é muito romântico, mas já que não podemos ficar muito longe, pensei em irmos para antiga casa do meu avô. - Disse envergonhado. - Meu pai e Lumiere estavam reformando e está bem legal e fica longe dos olhares de todos.

- Isso é perfeito, ok? Qualquer lugar sem imprensa e com você é perfeito.

Declarou guardado o envelope.

- Que bom que acha isso, Evie já arrumou suas malas e vamos amanhã bem cedo.

Rindo de alívio abraçou a esposa a deitando novamente na cama, voltou a beijá-la.

- Se vamos acordar cedo, acho melhor dormirmos, não acha?

Perguntou, enquanto apertava o lábio inferior, graças aos beijos que ele depositava em seu corpo.

- É isso que quer?

Perguntou olhando para ela.

- O que você acha marido?

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