Fim Do Pesadelo

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Decidi separar o Epílogo...

A vida voltaria ao normal, o reino inteiro sabia disso. Depois de feras, fadas más, bruxas dos mares e todos os tipos de destruições, reconstruir Auradon pareceu fácil. O mesmo não pôde ser dito sobre a atual rainha. Prédios podem ser construídos, pontes podem ser levantadas e não havia nada que um pouco de cimento e magia não dessem jeito, exceto por algo, aliás, alguém.

Três semanas depois, o fator de cura de Mal não havia sarado todas os ferimentos. Quando se despiu na frente de Alice e de um espelho, as duas juntamente de Evie, que a acompanhou nessa consulta, foi possível ver com clareza as cicatrizes e as lesões que ainda estavam abertas. Foi irônico, mesmo sendo um dos seres com mais magia no reino, Mal ganhou mais feridas do que soldados que estiveram lutando contra fantasmas.

A rainha, coroada há uma semana, não tinha vergonha de seu corpo, mas não ia negar que ficou impressionada com o resulto da guerra em suas costas e braços.

— Sabe, estou convivendo bastante com Rashid, vocês de Maravilhas têm quase as mesmas caras.

Mal comentou com a médica ao observar o rosto dela para sua cicatriz perto das costelas.

— Me desculpa. — Não mudou seu semblante de preocupação. — Não é intencional.

— Algo grave Alice?

Evie questionou preocupada.

— Mal, não sei como te dar essa notícia, mas suas lesões não vão se curar. Receio que elas chegaram no máximo, seu fator de cura não irá ir mais longe.

— Por que acha isso?

Com a ajuda de Evie vestiu seu elegante vestido para um importante encontro em algumas horas.

— Bom, se passaram três semanas e as lesões que disse que Audrey causou quando te lançou pela janela continuam aí. Diria que só não está doendo, por causa da sua magia.

— E como vamos fazer Alice?

A azulada perguntou preocupada.

— Recomendaria que parasse de usar sua magia para começarmos a tratar dos machucados naturalmente. Com remédios e se for necessário, até operações.

— Disse isso no plural.

Mal já estava odiando a ideia, nada poderia a fazer com que ela gostasse disso.

— Mal, como posso te explicar em termos normais? — Alice puxou uma cadeira e respirou fundo algumas vezes. — Você deveria ter morrido no dia em que machucou nos Moors, se lembra? — A menina concordou. — Nenhum ser humano normal suportaria tudo que aconteceu com você, tem ferimentos internos e externos.

— Ela aceita tudo Alice.

— Evie!

Mal repreendeu a amiga por tomar decisões em seu nome.

— Mal, se você tiver que ficar sem magia para o resto da sua vida, pouco me importo, me importo com minha amiga! — Evie deu lhe um sermão em alto som. — Eu só quero esquecer esse pesadelo M. e não consigo fazer isso quando te vejo agoniando de dor e fingindo que está tudo bem.

— Tudo bem, mas para que saiba, esse pesadelo vai acabar hoje. — Abraçou a azulada muito emocional. — Alice, como vamos fazer? Preciso de magia para viver.

— Se estiver realmente disposta, vamos criar um plano de ação com Rashid e Fada Madrinha para que você tenha uma mínima magia durante o tratamento. — Mal assentiu odiando a conversa. — Não é da minha conta, mas hoje será o julgamento?

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