Dias no Sol

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"Dias no sol. Quando a minha vida mal tinha começado. Nem mesmo no final de minha vida te deixarei." A Bela e a Fera. Dias Days in the Sun

Era um castelo grande. Sempre que ele resolvia brincar de esconde-esconde eles delimitavam o espaço, justamente por isso. Duas equipes se dividiram para encontrar o menino de sete anos, que depois do evento fúnebre entrou para dentro do palácio e correu pela grande escadaria. Lumiere estava na ala norte quando ouviu um barulho saindo de trás de umas das mesas, era o som de uma caixinha de som.

-Ben!

O ex candelabro correu e abraçou fortemente a criança.

-Nunca mais corra desse jeito rapazinho, pode se machucar.

O repreendeu, enquanto a criança de mantinha presa no abraço.

-Por que ele teve que morrer Lumiere? A culpa foi minha?

Perguntou chorando.

Naquela manhã tinha acontecido o enterro de Maurice, avô de Ben e pai de Bela. A criança foi pega de surpresa quando no dia anterior o pai disse que ele não poderia ir ver o avô em sua aconchegante casa.

-Oh rapaz, ninguém tem culpa nesse tipo de coisa. - Lumiere passava as mãos nos cabelos castanhos, enquanto a criança ainda chorava. - Tudo tem um tempo Ben, há tempo de nascer e tempo de morrer.

-Mas não era o tempo do vovô ir, ele iria me levar para cavalgar. Não é justo.

-Eu sei que não. O que é isso que você tem?

Perguntou sobre uma caixinha de música que ele carregava.

-Ele me fez de presente. Toca a música que mamãe canta para mim.

Ben girou a pequena ferramenta deixando uma música ser tocada.

" Dias no sol, quando a minha vida mal tinha começado. Nem mesmo no final de minha vida te deixarei

(...)

-Bela, tudo bem?

Adam estava observando a esposa que estava distraída vendo a neve do lado de fora de casa.

-Sim, estava apenas lembrando.

Os dois estavam na sacada do castelo observando todos brincando com a neve.

-Lembra daquela música que Ben vivia cantando quando pequeno?

-Qual delas?

-Uma que você ensinou, ele cantava tanto que meu pai deu a ele uma caixinha de música.

-That days in the sun.

Minha mãe cantava essa música para mim.

-Essa mesmo. "Será que vou estremecer novamente por um lindo refrão de minha querida Será que você vai permanecer para sempre fora do alcance dos meus braços?"

Cantou baixinho.

-Todos aqueles dias no sol. O que eu daria para reviver apenas um. - Madame Samovar que ia até eles, ao ouvir a canção cantou um pedaço da música. - Desfazer o que está feito e trazer de volta a luz. Sua mãe cantava para você todas as noites.

-E depois você.

Adam beijou as mãos da senhora.

-Não a ouvia há muito tempo. Vou entrar para dentro antes que comece a chorar mais.

Ela disse saindo.

-É bom ter eles aqui. Ver a casa cheia.

Adam falou observando os irmãos de Mal jogando bolas de neve um no outro.

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