Junto à mim, eu junto à você

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"Eu digo que meu sonho é ter
Você junto à mim, eu junto à você
Com alguém ao meu lado feliz eu ficava e o nosso amor cintilava"

O reino estava ruindo e Ben pressentia isso dentro de si. Os Estados Unidos de Auradon antes eram uma parte sua, estava inteiramente ligado com o reino, por isso sentia dentro de si que a sempre firme e inigualável União dos Estados Unidos de Auradon estava ruindo e caindo pouco a pouco.

Dias depois da notícia que quatro províncias saíram da união chegou ao conselho, os burburinhos pela coroa começaram. Ben tentou manter a cabeça no lugar e se concentrar nos problemas urgentes que tinha no momento, mas estava ficando cada vez mais difícil ignorar o medo de Auradon ruir e tudo desmoronar.

- Ben? Filho - Bela chamou pelo filho algumas vezes até ele finalmente perceber a mãe no escritório. - Ben, tudo bem?

- Mãe, o que faz aqui?

- Oi para você também senhor educado.

O repreendeu batendo levemente no braço dele.

- Desculpa. - Sorriu rápido e voltou aos e-mails. - O que te traz aqui?

- Seu almoço. Lumiere disse que não desceu para comer e como Mal não está aqui, suspeitei que você ainda não comeu nada.

Falou com sua voz doce e preocupada.

- É, obrigado mãe.

- Mal foi resolveu algo do reino?

- Sim, na verdade não sei. - Falou rápido e sem dar muita atenção a isso. - Era algo da família, não perguntei muito mãe.

- Sim, se ela quisesse teria te falado. - Bela estava morrendo por dentro por ver o filho como ele estava. - Pedi a Madame Samovar para incluir Ratatouille no cardápio, não quer experimentar?

- Depois.

Bela pensava nunca ter visto ele daquela forma e a preocupação só aumentou.

- Ben...

- Mãe, sei que está preocupada comigo, mas eu preciso ficar sozinho agora.

Ela viu a feição de Adam no filho e não queria ver a cara do marido no filho tão novo.

- Se precisar...

- Eu prometo te chamar. - Bela se virou para ir. - Mãe, eu estou bem, ok? Te amo.

- Eu sei meu bem.

Beijou a cabeça do filho e saiu da sala sentindo se mais tranquila sabendo que ele sabia se cuidar.

(...)

Em dias que Ben estava visivelmente nervoso e tinha o medo como seu acompanhante, Mal ganhou um novo motivo para se assustar e temer, além de Auradon. Pela manhã, Carlos veio até ela dizer que a veterinária de Malévola, que era sua amiga, disse temer pela saúde do lagarto, que não estava bem. Bastou aquilo para a rainha que já estava imersa em preocupação, ficar mais ansiosa e longe da realidade.

Não avisou Ben onde ia ou o que estava acontecendo e ele estava tão afetado e perturbando com tudo, que não insistiu em saber do ocorrido.

Mal entrou no quarto da mãe, pegou uma cadeira e ficou olhando o lagarto, que parecia também observar atentamente a rainha.

- Eu sei o que quer. - Disse pela primeira vez. - E eu sei que devo, mas não é tão fácil assim te enfrentar mãe. - Confessou, sabendo que não temia o poder da magia de Malévola, mas o terror psicológico que ela podia fazer quando queria. - Tudo bem, posso fazer isso. - Respirou fundo e como da outra vez recitou o feitiço.

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