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— Mamãe, o que é aquele pedaço de madeira ali?

Uma Mal de seis anos perguntou a mãe quando tentou brincar e esbarrou em um pedaço de madeira que tinha a ponta esverdeada.

— Nada que seja da sua conta. — Respondeu rispidamente, enquanto comia e jogava terra no outdoor do rei. — Não pode brincar com ele.

— Por que não posso brincar com ele?

Quis saber imensamente curiosa e com vontade de brincar com a madeira.

— Escute Mal, você nunca deve tocar nisso. Coisas ruins vão acontecer se tocar.

— Por que não posso tocar?

Perguntou com sua curiosidade infantil.

— Porque não! Não é para você tocar e pronto!

O grito estridente dela fez a criança sair de cena.

Anos depois descobriu que o pedaço de madeira, era somente isso. Malévola havia desenhando e pintado para fingir ser seu cetro, uma forma de aterrorizar os vizinhos. O medo que colocou na filha foi um tanto quanto exagerado, mas aceitável.

Malévola tinha lançando uma maldição no cetro. Somente ela ou alguém de seu sangue poderia tocar no objeto mágico. Descobriu isso há dois anos quando a rainha do mal mandou ela até sua antiga fortaleza para encontrar o cetro. Nesse dia ficou evidente que ela carregava o sangue de dragão nas veias e isso era o que mais estava mexendo com a cabeça da futura rainha de Auradon. Audrey não deveria conseguir se quer encostar no cetro, caso fizesse isso, pela sua lógica, deveria dormir por mil anos, como bem descreve a maldição. Entretanto, ela não somente pegou no cetro, como conseguiu manipulá-lo, usar diferentes feitiços e enfeitiçar uma população inteira.

Seus pensamentos estiveram presos nesses assuntos até chegar em casa.

— Finalmente! — Evie disse abrindo a porta de sua casa. — Achei que era só uma conversa com Ben

— Nunca é só uma conversa Evie

Disse rindo ironicamente e pensando como realmente nunca conseguia ter uma conversa rápida com o noivo.

— Problemas?

— Mais ou menos. — Colocou as mãos nos bolsos como sempre fazia quando não queria conversar. — Ainda não sei se é um pequeno ou grande problema.

— Quer falar sobre isso?

— Não. — Sua sinceridade não incomodava Evie, que sempre achava melhor expor os sentimentos. — Mas, que surpresa você tem para mim?

— Ah, vai ver.

A risada dela animou Mal que tentou se alegrar.

— Só para saber, vestidos novos não são uma surpresa tão emocionante assim E.

— O que? Vestidos são uma ótima surpresa ok? Mas não é isso. Entra, sua surpresa está te esperando.

Mal entrou em casa e a única coisa que encontrou foi Carlos gritando, enquanto jogava.

— Ver Carlos jogando não é muito surpreendente.

— Mas, ver ele ganhado de mim é bem estanho, não acha?

Quando ouviu uma voz debochando de Carlos se assustou, mas seu sorriso se alargou sabendo bem quem era.

— Meu Deus! — Se virou para ver Jay atrás dela e sem pensar muito abraçou forte. — O que você...como você...sério? — Fosse o estresse ou a saudade dele, Mal prendeu Jay em um abraço, ele apesar de não ser muito fã de abraços, gostou de ver a irmã.

Antes do Livro Se FecharOnde histórias criam vida. Descubra agora