Não Sei Onde Estou

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"Eu só quis que a nossa vida fosse feliz. Eu sempre achei que estaria comigo. Quem sou eu se eu não sou seu? Onde estou se não estou contigo, contigo?" Não sei onde estou. Frozen II

Nanny era uma figura misteriosa, a única certeza que ela poderia dar para qualquer pessoa, era que amava a sua neta e se importava com ela. Tinha algumas horas desde a ida da garota para Floresta Proibida e a fada começou a questionar a sua permanência em Auroria. Se sua magia lhe permitia ler mentes, deveria permitir também que ela clonasse a letra de Mal.

"Cara rainha Leah e família,

Agradeço a hospedagem de vocês e peço perdão pela minha ida repentina. Tive um grande imprevisto em Auradon e tive que ir o mais rápido possível. Novamente peço perdão a vocês. Retorno assim que a situação for contornada.

Com amor,

Mal."

Terminou de escrever igual a letra da neta e deixou o bilhete em cima da cômoda. Depois de uma risada alegre desapareceu do quarto.

(...)

O dia logo chegou para aqueles que quase não dormiram na última noite. Quando Mal acordou todos os outros já tinham acordado, Uma e Diaval implicavam um com outro, enquanto preparavam o café, e Ben estava virado para o outro lado da floresta, ele alimentava alguns filhotes das criaturas que ali viviam. Um pouco menos dolorida, a filha de Hades se levantou da cama e sua reação foi de assombro total. Seus olhos verdes geralmente doíam quando entravam em contato tão imediato com a luz solar, e agora, nesse momento, seus olhos brilharam ao ver a imensidão de cores e pó mágico caindo como se fosse uma chuva de final de tarde qualquer. As pequenas coisas que ainda não sabia que era que voavam e se assemelhavam a vagalumes. Poderia ser loucura, mas jurava que esse lugar se parecia com o lugar de seus sonhos.

- É lindo aqui, não é?

Diaval apareceu quase como um fantasma atrás dela.

- O que?

- É lindo, a paisagem não o príncipe, só para deixar claro.

Ele esclareceu e em troca ganhou um olhar raivoso dela.

- Mas, é sério, é lindo aqui.

- Muito, o que são essas coisas?

Perguntou em relação as criaturas que pareciam com vagalumes.

- São pequenas ninfas, elas ainda estão se desenvolvendo, por isso são tão pequenas.

Explicou e pegou uma para Mal ver. A criatura parecia sorrir e brincar na palma da mão dela.

- São lindas. Oi garotinha.

A ninfa voou em direção a bochecha dela deixando algo ali, como se fosse um beijo sútil.

Assim que ela foi embora Mal voltou a se concentrar em observar a paisagem. Poderia ser estranho, mas era muito parecido, quase que igual aos Moors. O lugar de seus sonhos.

- Quer tomar café?

Diaval imaginava o que estava passando na cabeça dela, porém deixaria tudo acontecer naturalmente.

- Pode ser.

- Eu vou buscar um pouco mais de água.

Ela ouviu o homem que estava mais distante dizer a Uma.

- Ben, não precisa. Eu posso ir.

Uma se apressou em dizer.

- Eu consigo Uma.

Respondeu bravo com a oferta.

Quando ele se levantou, Mal observou algo que até aquele momento não tinha realmente percebido. Ben andava se apoiado em um bastão. O rapaz saiu andando pela floresta e a Lady notou que ele colocava o peso de seu corpo quase que todo no pedaço de pau. Pensando bem, quando ele a trouxe para cá, estava com essa vara em mãos, contudo não pensou que era para isso.

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